Em um avanço impressionante no mercado automotivo, o Brasil registrou um número record de importações de veículos elétricos e híbridos em abril. Alcançando a marca de 40,9 mil unidades vindas da China.
Esse número é 13 vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2023. Elevando o Brasil ao posto de principal destino desses veículos fora da Ásia e colocando-o à frente da Bélgica.
Agora, o Brasil ocupa a segunda posição entre os maiores importadores de todos os tipos de veículos do gigante asiático, superado apenas pela Rússia.
O aumento nas importações vem em um momento de transição, onde o Brasil e outros países estão acelerando a adoção de energia limpa nos transportes.
Por que o Aumento nas Importações de Veículos Elétricos?
A retomada do imposto de importação para veículos elétricos, híbridos e híbridos plug-in, que começou em janeiro deste ano, é uma das razões para esse aumento.
Atualmente, com uma taxa reduzida, os importadores estão acelerando as compras antes que as alíquotas planejadas subam para até 35% em julho de 2026.
Os impostos menores, portanto, aplicam-se especialmente aos veículos menos dependentes de eletricidade.
Impacto do Imposto sobre a Indústria Automobilística
Durante uma coletiva em sua viagem à China, o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, defendeu a volta dos impostos como um incentivo para o investimento local.
“A chegada dos impostos sugere que as empresas estrangeiras façam fábricas no Brasil. Fabricar localmente é a chave para o futuro automotivo do país”.
Além disso, Alckmin destacou que foram implementadas cotas de importação isentas de impostos para estimular a construção de fábricas e a conquista de mercado.
Esse é um movimento que se tornará, portanto, mais rigoroso até 2026.
Programa Mover: Um Impulso à Descarbonização da Indústria
Dessa forma, em uma jogada para fortalecer a indústria automobilística nacional, o Programa Mover foi aprovado e sancionado.
O foco está na descarbonização, oferecendo créditos tributários que incentivarão a pesquisa e a produção focadas em tecnologias menos poluentes.
Até agora, empresas como a BYD, uma gigante automobilística chinesa, já foram habilitadas e planejam começar a produção de veículos elétricos de grande escala ainda este ano no Brasil.
Espera-se, portanto, que a implementação do programa e a construção de novas fábricas diminuam gradualmente a dependência das importações e fortaleçam o mercado interno de veículos elétricos e híbridos, alinhando o Brasil com as práticas globais de sustentabilidade no setor automotivo.
Por fim, em meio a um cenário global de aumento das tarifas de importação, como as recentemente elevadas pelos EUA e pela União Europeia contra veículos chineses, o Brasil se destaca por sua estratégia de incentivar a produção local sem deixar de integrar o mercado internacional.
Essas decisões colocam o país, portanto, em uma posição estratégica no mapa global da indústria automobilística elétrica e híbrida.