Após um longo período de calor predominante, uma mudança no clima está prestes a acontecer. Fábio Luengo, especialista da Climatempo, aponta que a partir de agora, verdadeiras baixas temperaturas devem atingir diversas regiões do país, especialmente no Sul. A previsão é que esta onda de frio se estenda até a próxima terça-feira, alterando drasticamente o clima que se fazia sentir desde o início de maio.
A quantidade de umidade no ar, que se manteve em níveis preocupantemente baixos durante o último mês, também deve passar por alterações. Isso é parte de um fenômeno maior que inclui não só uma diminuição da temperatura, mas também um aumento da umidade, proporcionando um alívio para muitas áreas que sofrem com o clima seco.
O que esperar da onda de frio no Brasil?
Segundo Luengo, a frente fria já começa a fazer sentir seus efeitos a partir de hoje, com a região Sul sendo a mais afetada inicialmente. “Esperamos que o pico de frio ocorra entre domingo e segunda-feira”, destaca o meteorologista, apontando para uma rápida queda nas temperaturas. Cidades como Porto Alegre e Curitiba podem esperar mínimas chegando a 2°C e 3°C, respectivamente, já neste domingo.
Capitais brasileiras que registrarão temperaturas mínimas
Durante este episódio de frio intenso, pelo menos seis capitais estão na previsão para registrar as temperaturas mais baixas do ano, tanto em mínimas quanto em máximas. Entre elas:
- Florianópolis
- Curitiba
- São Paulo
- Rio de Janeiro
- Cuiabá
O que causa essa forte onda de frio?
Este fenômeno climático é impulsionado por massas de ar frio que se movem a partir do Polo Sul, afetando principalmente áreas mais ao sul do continente. A presença de temperaturas abaixo de zero e geadas é comum nestas ocasiões, especialmente nas serras gaúcha e catarinense, onde as temperaturas podem atingir marcas impressionantes de até -8°C.
A onda de frio não se limita às regiões sulistas. A influência deste sistema se estende até alguns estados mais centrais, como Mato Grosso do Sul e São Paulo, onde a queda de temperatura também será significativa. Além disso, mesmo regiões mais distantes, como parte do Norte e do Nordeste, experimentarão uma redução nas máximas, fenômeno conhecido por ‘friagem’.
Previsões para o restante do inverno
Ainda que a onda de frio atual seja intensa, as projeções para o restante do inverno sugerem um padrão de temperatura geralmente acima da média. Blocos atmosféricos podem impedir que massas de ar polares avancem para o interior do país, favorecendo um aumento de temperatura no final do inverno, principalmente em agosto e setembro.
Como se vê, a dinâmica do clima é complexa e cheia de variações. Fatores como o aquecimento das águas do Oceano Atlântico também jogam um papel crucial, modificando os padrões climáticos esperados e, por vezes, intensificando fenômenos como o mesmo La Niña, que tende a trazer frentes frias mais robustas para o Brasil.
Portanto, é essencial ficar atento às atualizações meteorológicas, pois, apesar das previsões, o clima é sempre passível de mudanças inesperadas.