À medida que nos aproximamos de julho, o cenário climático no Sudeeste do Brasil apresenta características atípicas para a estação. Tradicionalmente, esperaríamos temperaturas mais baixas, porém, até agora, as condições têm sido surpreendentemente mais quentes que o usual.
As previsões para a maior parte do Sudeeste indicam que os itens de inverno poderão permanecer guardados, já que a temporada promete ser de poucas chuvas e temperaturas mais elevadas. Mas será que teremos mudanças nas condições climáticas com a chegada de julho?
Itens de frio mal devem ser tirados do armário no inverno de 2024 sobre a maior parte do Sudeste com projeção de pouca chuva e temperaturas acima do normal.
Como ficará o tempo em julho no Sudeste?
A transição de junho para julho traz a expectativa de mudanças causada pela aproximação de novas frentes frias e massas de ar polar, que poderiam potencialmente aumentar as chuvas na região. No entanto, a previsão aponta para um volume de chuva ainda insuficiente para alterar consideravelmente o panorama predominante.
Chuvas esperadas são suficientes para mudar o cenário?
Apesar de uma frente fria promissora na virada do mês, as chuvas previstas deverão ser limitadas, irregulares e concentradas majoritariamente nas áreas litorâneas. O cenário sugere que o clima seco continuará dominando boa parte do Sudeste. A dúvida que permanece é: haverá mudanças significativas ao longo do mês?
Impactos esperados frente ao clima seco
O panorama de escassez de chuvas não é apenas uma questão de conforto climático, mas também uma preocupação palpável para diversos setores, particularmente a agricultura. O déficit hídrico e as temperaturas elevadas podem trazer sérias consequências, como o aumento do risco de queimadas e estresse hídrico, que afeta diretamente o cultivo e a disponibilidade de água.
Perspectivas de temperatura para julho
O modelo europeu ECMWF projeta que o mês de julho será tão quente quanto foi junho, com temperaturas acima do normal persistindo ao longo do período. Isso se alinha com a tendência observada no último trimestre, que mostrou anomalias positivas nas temperaturas na maioria das áreas do Sudeste.
Análise dos possíveis desenvolvimentos do fenômeno La Niña
Um dos fatores que pode influenciar a continuidade deste padrão é a transição do fenômeno El Niño para La Niña, que tem sido mais lenta que o esperado. Existem 65% de chances de que La Niña se estabeleça entre julho e setembro, segundo o último relatório da NOAA. Essa transição poderia incrementar a frequência de massas de ar frio, embora ainda não se possa garantir um inverno rigoroso para o ano de 2024.
Diante desses indicativos, recomenda-se que a população permaneça atenta às atualizações das previsões climáticas e continue tomando as devidas precauções para proteger a agricultura e gerenciar adequadamente os recursos hídricos.