O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) anunciou nesta quinta-feira, 9 de janeiro de 2025, o aumento do teto de juros do empréstimo consignado do INSS. A taxa, que antes era limitada a 1,66% ao mês, foi reajustada para 1,8% ao mês.
A mudança impacta diretamente os aposentados e pensionistas do INSS, que utilizam essa linha de crédito para financiar despesas ou realizar aquisições, muitas vezes com condições mais acessíveis em relação a outras modalidades de crédito.
Motivos para o Reajuste
A decisão ocorre em meio a um cenário econômico desafiador, onde bancos e instituições financeiras vinham enfrentando dificuldades para operar dentro do limite anterior. Com o ciclo de alta nas taxas de juros básicas no Brasil, instituições financeiras relataram que manter a concessão de crédito consignado com o teto de 1,66% havia se tornado inviável economicamente.
Por conta disso, algumas instituições chegaram a suspender temporariamente a oferta de crédito consignado, prejudicando milhões de beneficiários que dependem dessa modalidade para atender às suas necessidades financeiras.
O novo teto de 1,8% foi definido como uma solução intermediária que busca equilibrar o interesse dos bancos em continuar oferecendo o produto e o impacto financeiro para os beneficiários do INSS.
Impacto para os Beneficiários
Embora o aumento da taxa de juros signifique um custo maior para os aposentados e pensionistas, o acesso ao crédito deve ser normalizado nos próximos meses. Para os beneficiários que precisam de financiamento, o consignado ainda apresenta vantagens em comparação a outras linhas de crédito, como:
- Taxas de juros mais baixas do que empréstimos pessoais tradicionais.
- Desconto automático na folha de pagamento, garantindo maior segurança para os bancos e facilidade para os tomadores.
Contudo, especialistas recomendam cautela ao contratar crédito, especialmente em cenários de juros elevados, para evitar o endividamento excessivo.
Perspectivas para o Futuro
A elevação do teto de juros foi bem recebida pelos bancos, que afirmam que agora há condições mais favoráveis para a concessão de crédito. Entretanto, analistas do mercado financeiro alertam que, com o aumento dos juros, a inadimplência pode se tornar um desafio crescente, especialmente para beneficiários que já comprometem uma parte significativa de sua renda com dívidas.
O governo, por sua vez, reforça a necessidade de que as condições para o crédito sejam justas e acessíveis, garantindo a proteção financeira dos beneficiários e mantendo a sustentabilidade do sistema de empréstimos consignados.