A bandeira tarifária nas contas de luz será verde em agosto, o que significa que não haverá cobrança adicional nas contas de energia. Segundo Sandoval Feitosa, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a expectativa anterior de menor volume de chuvas foi superada pelas precipitações na Região Sul, auxiliando na decisão de manter a bandeira verde no próximo mês.
O retorno da bandeira verde é um reflexo das boas condições para a geração de energia elétrica no país. Atualmente, os reservatórios das usinas hidrelétricas estão em níveis mais elevados, o que dispensa o acionamento das termelétricas, que geram uma eletricidade mais cara.
As Bandeiras Tarifárias e suas Funções

As bandeiras tarifárias foram criadas pela Aneel em 2015 para refletir os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, essas bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia que consumimos em nossas residências, estabelecimentos comerciais e indústrias.
Quando a bandeira verde está em vigor, não há nenhum acréscimo na conta de luz. No entanto, quando as bandeiras amarela ou vermelha são acionadas, a conta de energia sofre acréscimos a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Como as Bandeiras Tarifárias Afetam o Bolso do Consumidor?
Com o sistema de bandeiras, a orientação é sempre utilizar a energia de forma consciente, evitando desperdícios que não só prejudicam o meio ambiente, mas também afetam a sustentabilidade do setor elétrico como um todo. Em períodos de condições desfavoráveis para geração de energia, as bandeiras amarela e vermelha entram em vigor, aumentando o valor das contas de luz e incentivando a economia de energia.
A bandeira é válida para todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional (SIN), uma malha de linhas de transmissão que leva energia elétrica das usinas até os consumidores. Portanto, é fundamental estar atento às condições das bandeiras para manter os custos sob controle.
Por Que a Energia Elétrica É Econômica no Brasil Agora?
Em março, a Aneel aprovou uma redução significativa nos valores das bandeiras tarifárias. Essa decisão foi tomada em virtude do cenário hidrológico favorável, da ampla oferta de energia renovável no país e da queda nos preços dos combustíveis fósseis no mercado internacional.
Com essas mudanças, a bandeira amarela sofreu uma redução de quase 37%, passando de R$ 2,989/kWh para R$ 1,885/kWh. A bandeira vermelha, patamar 1, caiu de R$ 6,50/kWh para R$ 4,463/kWh (redução de 31,3%) e, o patamar 2, de R$ 9,795/kWh para R$ 7,877/kWh (queda de quase 20%).
Impactos da Redução de Tarifas para os Consumidores
Essa medida de redução de tarifas é extremamente benéfica para os consumidores, pois ajuda a reduzir os custos com energia elétrica. Além disso, incentiva o uso de fontes renováveis de energia e promove uma maior sustentabilidade do setor elétrico.
Com tarifas mais baixas e reservatórios em níveis adequados, a necessidade de acionamento das termelétricas diminui, reduzindo os custos de geração e, consequentemente, o valor final das contas de luz para os consumidores.
- Bandeira verde: Sem acréscimo
- Bandeira amarela: Acréscimo de R$ 1,885/kWh
- Bandeira vermelha, patamar 1: Acréscimo de R$ 4,463/kWh
- Bandeira vermelha, patamar 2: Acréscimo de R$ 7,877/kWh
A gestão eficiente dos recursos hídricos e o uso consciente da energia são fundamentais para garantir que essas condições favoráveis continuem, beneficiando a todos com energia mais barata e sustentável.
Portanto, é essencial que todos nós contribuamos para esse cenário positivo, economizando energia e utilizando os recursos naturais de maneira consciente.