Quem frequenta academia sabe que cada detalhe do ambiente pode influenciar diretamente na motivação e na disposição para realizar os treinos.
Recentemente, Fábio Dominski, um pesquisador especializado em psicologia do exercício pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), explorou diversos aspectos que podem determinar a continuidade ou desistência das atividades nas academias.
Em sua jornada, Dominski visitou 13 academias diferentes, observando desde a iluminação até o comportamento dos frequentadores.
Os resultados obtidos mostram que, muitas vezes, pequenos detalhes são definitivos para o conforto e a permanência dos usuários.
A seguir, detalharemos alguns desses fatores críticos.
Por que a iluminação e a música influenciam tanto na experiência de treino?

Durante sua pesquisa, Dominski identificou que um ambiente demasiadamente escuro pode desencorajar a prática de exercícios.
Causando, dessa forma, sensação de cansaço e sono, especialmente em áreas destinadas à musculação.
Por outro lado, modalidades como ioga se beneficiam de uma iluminação suave, que ajuda no relaxamento e na concentração.
Qual o volume ideal para músicas em academias?
Outro aspecto revelado foi a influência do volume da música.
Uma música pode tanto motivar quanto desmotivar o praticante, dependendo do seu volume e ritmo.
Em alguns lugares, os volumes elevados parecem visar mais afastar os clientes do que mantê-los engajados, o que contradiz a finalidade de um ambiente acolhedor que deveria prevalecer.
Máquinas versus espaço livre: qual a melhor configuração?
Dominski aponta, também, para a distribuição dos equipamentos dentro da academia.
Locais que favorecem o uso de máquinas em detrimento de espaços livres podem não atender bem àqueles que preferem exercícios com pesos livres, que requerem mais área.
Além disso, a adaptação dos equipamentos para todos os tipos de corpos ainda é um desafio, negligenciando pessoas mais altas ou com maior volume de gordura corporal.
Estas observações apontam para a necessidade de as academias reconsiderarem seus ambientes e equipamentos, visando inclusão e conforto para todos os perfis de usuários.
- Melhor controle de iluminação conforme a atividade;
- Regulação do volume da música para criar um ambiente motivador, sem ser invasivo;
- Distribuição equilibrada entre máquinas e espaço livre;
As descobertas de Dominski sugerem uma reflexão profunda sobre como as academias podem ser mais convidativas e eficientes para todos, potencializando a experiência do exercício físico como um todo.
À medida que mais estudos como este emergem, torna-se claro que as academias precisam se adaptar não apenas às demandas físicas, mas também às psicológicas e sociais de seus clientes.