Neste mês, uma surpresa esperava os motoristas brasileiros: um reajuste nos preços do combustível que afeta diretamente o bolso de todos. Apesar de não ter sido amplamente divulgado pela Petrobras, os novos valores para gasolina, diesel e etanol já estão em vigor. Mas o que motivou esse aumento nos custos para o consumidor?
Segundo anúncios feitos por distribuidoras de combustível, a alteração é resultado direto de uma nova medida provisória relacionada ao PIS (Programa de Integração Social) e à Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). Essa mudança, que restringe o uso de créditos desses tributos, parece ser a premissa do governo para impulsionar sua própria arrecadação, visando compensar outras desonerações fiscais. Saiba mais informações a seguir.
Por que os preços dos combustíveis estão subindo novamente?

A medida provisória, que entrou em vigor na última semana, coloca um limite aos créditos de PIS/Cofins que as empresas podem utilizar para abater outros tributos. Especificamente nas empresas distribuidoras de combustíveis, estima-se um impacto de aumento que pode variar entre 4 a 11 centavos por litro de combustível, afetando diretamente os preços de gasolina, diesel e etanol.
Quais são as consequências desse aumento para o consumidor comum?
O ajuste nos preços não afeta apenas a quem abastece seu veículo. O efeito cascata é um risco real, onde o aumento no combustível pode acarretar um encarecimento geral do transporte público e do custo de vida. Ana Mandelli, diretora-executiva de downstream do IBP, alerta que o trabalhador brasileiro e toda a cadeia produtiva do país são os mais afetados, onde tudo que envolve transporte pode sofrer aumentos significativos.
Reações do setor e impactos futuros
- Setor empresarial: Empresas como a Ipiranga já anunciaram que seguirão o reajuste proposto, o que indica um alinhamento geral do mercado.
- Impactos longo prazo: Especialistas indicam que, com a continuidade dessa política fiscal, o setor de transportes e o consumidor final estarão cada vez mais pressionados por aumentos consecutivos.
Por fim, apesar das justificativas econômicas, a repercussão entre os consumidores e especialistas do setor é majoritariamente negativa. O cenário para quem depende diretamente de combustíveis para trabalhar ou se locomover está cada vez mais desafiador. O ajuste nos preços dos combustíveis é uma realidade que, infelizmente para muitos, virá com um custo elevado para a rotina diária.