Um dos maiores embates jurídicos do setor de tecnologia voltou a ganhar destaque: a Meta, empresa de Mark Zuckerberg, está sendo processada pela Comissão Federal de Comércio (FTC) dos Estados Unidos, e o resultado pode ser histórico. Se a comissão vencer, Zuckerberg pode ser obrigado a vender o Instagram e o WhatsApp.
Mas por que isso está acontecendo agora? O que está em jogo? E o que pode mudar para os usuários dessas plataformas? A gente te explica tudo de forma clara.
Por que Zuckerberg pode ter que vender o Instagram?
A FTC acusa a Meta de ter criado um monopólio ao comprar o Instagram em 2012 e o WhatsApp em 2014. Segundo o órgão americano, essas aquisições foram feitas para eliminar concorrentes e impedir o crescimento de rivais no setor de redes sociais.
Na época, essas compras foram aprovadas pela própria FTC, mas com a condição de que os efeitos seriam monitorados. Agora, mais de dez anos depois, a agência quer reverter as fusões, alegando que a Meta eliminou a competição de forma injusta.
O que diz a FTC?
De acordo com a comissão, documentos e e-mails internos mostram que Zuckerberg teria dito:
“É melhor comprar do que competir.”
Essa frase virou uma das principais armas da acusação.
A FTC argumenta que a Meta usou seu poder financeiro para eliminar concorrentes em potencial, o que teria prejudicado a inovação e a livre concorrência no mercado.
O que a Meta alega em sua defesa?
A Meta afirma que não houve monopólio e que, desde a compra, o Instagram e o WhatsApp melhoraram significativamente. A empresa também vai argumentar que os consumidores foram beneficiados, com mais segurança, recursos e integração entre os serviços.
A defesa ainda deve destacar que o mercado hoje tem concorrência forte, com TikTok, YouTube, X (ex-Twitter), iMessage, Snapchat e outras plataformas disputando a atenção do público.
Quando o julgamento acontece?
O julgamento já está em andamento nos EUA, e Mark Zuckerberg e Sheryl Sandberg (ex-COO da Meta) devem testemunhar. O processo pode se estender por semanas e tem potencial de gerar um precedente histórico para o setor de tecnologia.
O caso pode ser influenciado politicamente?
Sim. O processo foi aberto no governo Trump e segue avançando no atual mandato. Inclusive, o ex-presidente demitiu dois comissários da FTC, o que gerou acusações de interferência política no caso.
Há também relatos de que Zuckerberg fez lobby pessoal com Trump para tentar encerrar o processo — algo que reacendeu o debate sobre a relação entre grandes empresas de tecnologia e o poder político.
Conclusão
A possibilidade de Zuckerberg ser obrigado a vender o Instagram e o WhatsApp é real, mas ainda está longe de uma decisão final. O julgamento da FTC contra a Meta é complexo e pode se arrastar por muito tempo. No entanto, o caso já acendeu um alerta no mercado e reacendeu o debate sobre o poder das big techs no mundo.
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Perguntas frequentes (FAQ)
1. Zuckerberg vai ser obrigado a vender o Instagram?
Ainda não. O caso está em julgamento e pode levar semanas ou meses para uma decisão definitiva.
2. Por que a FTC quer que a Meta venda o Instagram e o WhatsApp?
Porque alega que essas aquisições foram feitas para eliminar concorrentes e criar um monopólio no setor de redes sociais.
3. O que diz a Meta sobre o processo?
A empresa afirma que os consumidores foram beneficiados com a integração dos serviços e que ainda há muita concorrência no mercado.
4. O caso pode ter influência política?
Sim. O processo começou no governo Trump e houve demissões na FTC que levantaram suspeitas de interferência política.
5. O que pode acontecer se a FTC vencer o caso?
A Meta pode ser forçada a desmembrar a empresa, vendendo o Instagram e o WhatsApp para restaurar a concorrência no setor.