Recentemente, foi descoberta uma grande falha de segurança no Sistema Único de Informações de Benefícios (Suibe) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Esta falha deixou expostas as informações pessoais de mais de 40 milhões de aposentados e pensionistas. Os dados acessíveis incluíam não apenas nomes e CPFs, mas também detalhes sensíveis como valores de benefícios e números de telefone.
Diante deste cenário preocupante, o INSS, juntamente com a Dataprev, observou um pico incomum nas solicitações de acesso ao Suibe, o que acendeu o alerta de segurança. A resposta imediata foi a suspensão das senhas, uma medida de contenção essencial para mitigar o risco de exposição das informações. No entanto, a vulnerabilidade evidencia a necessidade de um sistema mais seguro que efetivamente proteja as informações dos cidadãos.
Como ocorreu a falha no sistema do INSS?

O problema foi inicialmente identificado através do monitoramento do aumento no fluxo de solicitações de acesso ao Suibe. Tradicionalmente, o sistema era acessado através de um processo de login simples, que não incluía medidas de segurança robustas como a autenticação de dois fatores. Isso facilitava o acesso indevido, especialmente considerando que senhas antigas continuavam ativas mesmo após a saída de funcionários do serviço público.
Quem tinha acesso ao Suibe e quais mudanças estão sendo implementadas?
Além dos funcionários da Previdência Social, o Suibe era acessível por outros órgãos do governo. Historicamente, senhas eram distribuídas sem um rigoroso controle de acesso, o que aumentava a vulnerabilidade do sistema. Atualmente, novas medidas como a exigência de certificado digital e criptografia estão sendo adotadas para endereçar esses riscos. Estas mudanças garantem que somente pessoal autorizado e atualmente em função possa acessar o sistema, evitando o acesso por indivíduos que não estejam mais vinculados aos órgãos governamentais.
O que está sendo feito para proteger os dados dos beneficiários?
O INSS iniciou um levantamento detalhado para determinar a extensão da exposição dos dados dos beneficiários. Embora ainda não seja possível quantificar o tamanho do problema de maneira precisa, já é evidente a necessidade de uma revisão no sistema de segurança. A renovação tecnológica, que está configurada para continuar ao longo de 2024, tem como objetivo implementar uma camada adicional de segurança nos sistemas que envolvem a concessão de benefícios, além de alterações no Suibe, para garantir que as informações dos beneficiários estejam protegidas contra futuras vulnerabilidades.
Concluindo, essas ações são cruciais para restaurar a confiança no sistema previdenciário e assegurar aos milhões de aposentados e pensionistas que suas informações estão seguras. Após o levantamento, os resultados serão enviados à Polícia Federal, que tomará as medidas necessárias caso se confirme o vazamento de dados. Esta é uma situação que está sendo tratada com a máxima seriedade, como evidenciado pelas rápidas medidas de mitigação e planos de reforma do sistema de segurança.