O mês de setembro está chegando e, com ele, a transição do inverno para a primavera no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a estação da primavera inicia-se pontualmente às 9h44 do dia 22. Durante este período, a previsão climática indica que as regiões Centro-Oeste e Sudeste, o sul da região Norte, o interior do Nordeste e o oeste do Paraná continuarão a enfrentar chuvas abaixo da média histórica.
Este padrão climático é comum nesta época do ano devido à persistência de massas de ar seco, que resultam na diminuição da umidade relativa do ar e favorecem a ocorrência de queimadas. Segundo o Inmet, historicamente, essa condição afeta a maioria das regiões brasileiras durante o final do inverno e início da primavera.
Setembro começa a semeadura da safra 2024/25
Com a chegada de setembro, inaugura-se também a semeadura da safra 2024/25. As previsões climáticas indicam chuvas acima da média na faixa norte da região Norte, no sul de Mato Grosso do Sul, no sul de São Paulo e em boa parte da região Sul, com destaque para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Quais os impactos das chuvas abaixo da média?
A manutenção de baixos índices pluviométricos no interior do Brasil poderá levar à redução dos níveis de umidade no solo. Esta situação é particularmente preocupante para as lavouras de trigo nas fases de enchimento de grãos em estados como São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná. Por outro lado, essas condições podem beneficiar a maturação e colheita do algodão, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, favorecendo também as lavouras de milho e trigo.
Temperatura: Setembro será mais quente que a média
A previsão do Inmet aponta para temperaturas acima da média em grande parte do Brasil no próximo mês devido à redução das chuvas. O calor será mais intenso nos estados do Pará, Amazonas, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão e Piauí, onde as temperaturas médias poderão ultrapassar os 30ºC. Já na Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e norte de Minas Gerais, as temperaturas se manterão próximas ao padrão, variando entre 20ºC e 22ºC.
Região Sul
Para a região Sul, setembro promete ser mais quente que agosto, embora o ar quente proveniente do Brasil Central entre com mais força, são esperados alguns pulsos de frio ao longo do mês. As áreas do centro-sul do Rio Grande do Sul devem experienciar dias predominantemente frios, enquanto no norte do Rio Grande do Sul, meio oeste de Santa Catarina e oeste e norte do Paraná, os termômetros apontarão dias mais quentes.
Região Sudeste
No Sudeste, o calor será marcante, especialmente no interior de São Paulo, noroeste e centro-sul de Minas Gerais e no Triângulo Mineiro, onde as temperaturas podem superar os 35ºC. O tempo seco será predominante, aumentando a incidência de queimadas. Contudo, as áreas litorâneas e o Vale do Ribeira poderão ver chuvas acima da média.
Região Centro-Oeste
A região Centro-Oeste seguirá com calor intenso e clima seco, semelhante a agosto. Destaca-se o sudoeste de Mato Grosso e o centro-oeste de Mato Grosso do Sul, incluindo o Pantanal, onde as temperaturas podem ultrapassar os 36ºC, chegando até 42ºC em localidades como Cuiabá, Corumbá e Porto Murtinho.
Região Nordeste
O Nordeste permanecerá majoritariamente seco, com chuvas limitadas principalmente à faixa litorânea devido aos ventos úmidos do oceano, que manterão as temperaturas amenas. Nos estados do sul do Piauí, Maranhão, Tocantins e Bahia, o calor será intenso, com temperaturas próximas aos 40ºC.
Região Norte
No Norte do país, os Estados do Pará, Tocantins, Rondônia, Acre e o sul do Amazonas deverão ter um setembro de calor prolongado e baixa umidade do ar. As chuvas começarão a retornar gradativamente, embora permaneçam abaixo da média histórica. O norte do Amazonas e Roraima podem experimentar as chuvas mais significativas da região.
O cenário para setembro no Brasil sugere uma continuidade da tendência de clima seco em várias regiões, com impactos variados na agricultura e no dia a dia das populações. A atenção às previsões meteorológicas e às recomendações dos órgãos competentes será essencial para mitigar possíveis adversidades.