Em um dia atípico devido ao feriado no estado de São Paulo, o mercado financeiro brasileiro apresentou movimentos notáveis. A moeda americana, o dólar, sofreu uma significativa descida, registrando o menor patamar nas últimas duas semanas, caminhando na direção contrária ao observado em outras economias. Por outro lado, a Bolsa de Valores do Brasil teve desempenho positivo, marcando um novo avanço na sequência de valorizações.
O dólar comercial fechou a terça-feira comercializado a R$ 5,414, uma queda de 1,12% em relação ao dia anterior. A moeda começou o dia estável, porém, viu seu valor diminuir gradativamente ao longo do dia, encerrando perto do seu menor valor diário. Com esse desempenho, o dólar chegou ao seu menor preço desde 24 de junho, quando estava cotado a R$ 5,39, acumulando uma queda de 3,11% só em julho, apesar de um aumento de 11,59% ao longo de 2024.
O que explica a Queda do Dólar Mesmo com Alta no Exterior?

Curiosamente, a queda do dólar aconteceu mesmo com a valorização da moeda no cenário internacional. Em pronunciamento ao Senado dos Estados Unidos, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, trouxe declarações que foram interpretadas de maneira ambígua pelos investidores. Powell apontou uma desaceleração na inflação americana, contudo, enfatizou a necessidade de cautela e mais indicativos antes de promover cortes nas taxas de juros americana, gerando incertezas que impactaram o mercado.
Como a Bolsa Brasileira Alcançou Sua Sétima Alta Consecutiva?
Paralelamente, a Bolsa de Valores brasileira, a B3, observou ganhos que elevaram o índice Ibovespa para 127.108 pontos, um aumento de 0,44%. Esse é o maior patamar desde 21 de maio. O crescimento foi impulsionado majoritariamente por empresas do setor de consumo doméstico, beneficiadas pela queda do dólar, enquanto empresas exportadoras sentiram impactos negativos pela desvalorização da moeda.
Expectativas com a Regulamentação da Reforma Tributária e Impactos Futuros
Agora, o cenário interno se mantém focado na votação do projeto de lei complementar que visa regulamentar a reforma tributária, prevista para ser debatida na Câmara dos Deputados. Sob a sombra da reforma, declara ações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre possíveis intervenções do Supremo Tribunal Federal também reforçam a postura cautelosa do governo em relação à gestão de receitas.
O mercado financeiro, portanto, permanece sob a influência de múltiplos fatores, tanto domésticos quanto internacionais, que podem continuar a moldar o comportamento do dólar e da bolsa nos próximos meses, trazendo tanto oportunidades quanto desafios para os investidores.