O Senado brasileiro deu um passo decisivo no combate ao tráfico e consumo de drogas ao aprovar a PEC que torna crime o porte e a posse dessas substâncias, sem distinção de quantidade. Essa medida representa um marco na legislação nacional sobre drogas, visando aprimorar as políticas de segurança pública e saúde.
A partir dessa emenda, o foco das autoridades se volta para uma abordagem mais incisiva e abrangente no enfrentamento ao problema das drogas, com ênfase na prevenção, tratamento e combate ao tráfico. Continue a leitura e saiba como vai funcionar essa emenda aprovada que torna crime qualquer quantidade de porte de drogas.
Proposta de Emenda Constitucional Criminaliza Porte e Posse de Drogas em Qualquer Quantidade

A proposta aprovada no Senado para criminalizar o porte e a posse de drogas em qualquer quantidade busca incluir essa medida no artigo 5° da Constituição, que trata dos direitos e garantias individuais. Sendo assim, agora, o texto seguirá para análise na Câmara dos Deputados.
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Com 53 votos a favor e 9 contrários no primeiro turno, e 52 votos favoráveis e 9 contrários no segundo turno, a PEC reflete a preocupação de parlamentares com a possível descriminalização do porte de maconha, em pequena quantidade, para uso pessoal, em um julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF).
Além da criminalização, a proposta prevê a diferenciação entre traficante e usuário, estabelecendo penas alternativas à prisão para este último. Apesar disso, especialistas apontam que a PEC não traz inovações, apenas reforça o que já está na Lei de Drogas de 2006, mas busca tornar a criminalização mais difícil de ser revertida no futuro, ao inscrevê-la na Constituição.
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STF e a Lei de Drogas: Debate em Suspenso
A discussão no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a Lei de Drogas permanece em pausa desde março, aguardando retomada, sem previsão de data. O impasse gira em torno da definição de critérios objetivos para distinguir o porte para uso pessoal do tráfico. Sendo assim, como as consequências legais para cada situação.
A legislação atual, embora criminalize a aquisição, posse e transporte de drogas para consumo individual, não prevê prisão para esses casos, optando por punições alternativas como advertências, prestação de serviços à comunidade e participação em cursos educativos. Contudo, a definição da quantidade que diferencia o usuário do traficante fica a cargo da interpretação subjetiva do Judiciário.
Por outro lado, a proposta de emenda constitucional (PEC) aprovada no Senado segue a mesma linha da legislação vigente, sem estabelecer critérios claros para diferenciar o consumo da comercialização. Enquanto isso, o julgamento no STF visa estabelecer um limite máximo para caracterizar o uso pessoal, buscando trazer mais clareza e objetividade à questão.
Impasse Parlamentar: Contra a Decisão do STF
O embate com o Supremo Tribunal Federal (STF) ganha destaque no Senado com a aprovação da PEC que criminaliza o porte de drogas em qualquer quantidade. De acordo com o relator, senador Efraim Filho, que justifica a medida como uma maneira de proteger as prerrogativas constitucionais do Legislativo, alinhando-se com a vontade popular expressa na Constituição.
Afinal, senadores defendem a proposta como uma contraposição ao debate em curso no STF, buscando estabelecer critérios claros e uniformes para o tratamento jurídico do tráfico e do consumo de drogas. Por fim, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, enfatiza a importância do Parlamento na definição das leis penais, reiterando a necessidade de determinar o que constitui crime.
Contudo, juristas alertam para possíveis questionamentos no STF caso a PEC seja promulgada. Portanto, modificar o artigo 5º da Constituição, que trata dos direitos e garantias individuais, ocorre interpretação como uma restrição desses direitos fundamentais, levando a novos embates judiciais sobre a constitucionalidade da medida.
Divergências em Debate: Opiniões Conflitantes Sobre a PEC
Durante a sessão de debates no Senado, opiniões divergentes sobre a PEC foram expostas. A médica e psiquiatra Camila Magalhães criticou a abordagem da proposta, ressaltando que o tema do uso de drogas deve ser considerado de forma mais abrangente, não apenas sob a perspectiva criminal.
Por outro lado, o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo da Silva, defendeu o projeto, argumentando que países que optaram pela descriminalização estão revendo suas posições, enfatizando os riscos do aumento do acesso às drogas.
Oposição e Críticas: Posicionamentos Contrários à PEC
Entidades de direitos humanos classificam a proposta como inconstitucional e um retrocesso. Em reunião com Rodrigo Pacheco, líderes do governo e representantes dessas organizações expressaram preocupação com a possibilidade de a PEC reforçar políticas de punição e encarceramento, em detrimento de abordagens de saúde pública.
Mais de 70 organizações civis também manifestaram oposição à PEC, alegando que a abordagem penal reforçaria o racismo estrutural e não seria eficaz na resolução do problema do uso de drogas.
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