O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou a importância de taxar os super-ricos para financiar iniciativas de combate à fome e à pobreza no mundo. Durante o pré-lançamento da Aliança Global Contra a Fome, Haddad afirmou que, se bilionários pagassem 2% de sua riqueza em impostos, seria possível arrecadar entre US$ 200 bilhões e US$ 250 bilhões por ano.
Haddad comparou essa quantia ao montante que os dez maiores bancos multilaterais dedicaram ao combate à fome e à pobreza em 2022, afirmando que a arrecadação seria aproximadamente cinco vezes maior. Ele destacou ainda a necessidade de mobilizar recursos internacionais para enfrentar esse desafio global.
Taxação de Super-Ricos pode Arrecadar Até US$ 250 Bilhões

Fernando Haddad explicou que a taxação de 2% sobre a riqueza dos bilionários poderia gerar uma receita significativa, essencial para impulsionar as ações de combate à pobreza e à fome. Segundo o ministro, os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que menos de 10% da ajuda oficial ao desenvolvimento é destinada a esses fins.
Ele ressaltou que a comunidade internacional tem os recursos necessários para garantir uma existência digna para todos, mas o que falta é vontade política. Para Haddad, é crucial que os países do G20 e outros estados membros integrem a Aliança Global Contra a Fome, fortalecendo essa mobilização global.
Como a Aliança Global Contra a Fome pode Mudar o Jogo?
A proposta da Aliança Global Contra a Fome foi apresentada pelo Brasil e visa reunir esforços internacionais para enfrentar a fome e a pobreza. Haddad destacou que a criação da Aliança dará um impulso decisivo ao debate sobre a canalização dos Direitos Especiais de Saque. Estes direitos são fundamentais para aumentar a capacidade de concessão de crédito e reduzir a desigualdade.
Segundo o ministro, a Aliança poderá efetuar mudanças significativas ao unir diferentes fontes de financiamento e transferir recursos para regiões mais necessitadas. O principal objetivo é garantir a dignidade e os direitos básicos de cada cidadão global.
Quais são as Parcerias e Iniciativas Envolvidas?
Fernando Haddad mencionou a importância da 21ª recomposição de capital da Associação Internacional para o Desenvolvimento, do Banco Mundial, que é crucial para financiar e transferir recursos aos países mais pobres. O Brasil, motivado por esta recomposição, anunciou seu compromisso com a décima-terceira recomposição de capital do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola.
Essas iniciativas, unidas à Aliança Global Contra a Fome, formam uma rede de agentes de financiamento essencial para dar a escala necessária às ações de combate à pobreza e à fome. Haddad enfatizou que a atuação conjunta desses parceiros é vital para o sucesso da Aliança.
Quais São os Próximos Passos?
Para avançar com a Aliança Global Contra a Fome, Haddad instou os países membros do G20 e outras nações a aderirem à iniciativa. Ele acredita que a união internacional é a chave para superar os obstáculos e garantir uma vida digna para todos os seres humanos no planeta.
Com a promessa de mobilizar bilhões de dólares em impostos sobre os super-ricos, a iniciativa de Fernando Haddad pode ser um divisor de águas na luta contra a fome e a pobreza no mundo. Contudo, a efetivação dessa proposta depende da vontade política de diversos países e da colaboração internacional.