A Polícia Federal (PF) reiterou, por meio de um comunicado emitido nesta terça-feira, que as investigações sobre o ataque ao então candidato à presidência Jair Bolsonaro, ocorrido em setembro de 2018, foram concluídas com a confirmação de que Adélio Bispo foi o único responsável.
O incidente, que chocou o país, aconteceu durante um evento de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Apesar das teorias de conspiração que circularam após o evento, a PF destacou que, após extensivas investigações e a análise de novos documentos e equipamentos eletrônicos, ficou claro que não houve outros envolvidos ou mandantes no caso.
Essa conclusão marca o final de um dos episódios mais tumultuados da política recente brasileira.
Qual foi a conclusão da Polícia Federal sobre o caso?

Em resposta a uma solicitação do Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal apresentou um relatório final, enfatizando que Adélio agiu de maneira isolada.
Com essa conclusão, também foi solicitado o arquivamento do inquérito policial, encerrando oficialmente a investigação sobre o caso.
O ataque resultou em sérias sequelas para Bolsonaro, que ainda hoje relata desconfortos atribuídos ao incidente.
Detalhes sobre as operações adicionais da Polícia Federal
Durante as investigações, a Polícia Federal não apenas focou em Adélio Bispo, mas também em possíveis ligações criminosas.
Incluindo uma operação que visou um advogado de Bispo, suspeito de ter conexões com o grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC).
Ainda assim, a Polícia Federal confirmou que os possíveis delitos do advogado não estavam relacionados ao atentado contra Bolsonaro, reafirmando a ação isolada de Bispo.
Contexto judicial e atual situação de Adélio Bispo
Adélio Bispo foi detido imediatamente após o ataque e, em 2019, foi considerado inimputável pela Justiça Federal em Juiz de Fora, após um diagnóstico de transtorno delirante persistente.
Desde então, ele cumpria medidas de segurança em uma penitenciária federal.
Em fevereiro de 2024, houve uma decisão para sua transferência a Minas Gerais, onde continuará seu tratamento médico e sua reclusão, supervisionada pela justiça.
A reafirmação de que Adélio agiu sozinho põe fim a muitas especulações e reforça a importância de confiar nos processos investigativos oficiais.
O caso, embora trágico, destaca os desafios enfrentados pela segurança em campanhas políticas e a necessidade de entender plenamente os fatos antes de propagar teorias não fundamentadas.