Uma descoberta interessante veio à tona após uma pesquisa realizada pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) em colaboração com a startup Café Consciência. Um estudo recente indica que o aroma do café, conhecido por despertar e revitalizar seus apreciadores, também pode auxiliar fumantes a reduzirem o desejo pelo cigarro. Este achado pode ser um avanço significativo nas abordagens de tratamento contra o tabagismo.
O estudo, que na primeira etapa envolveu 60 participantes fumantes, mostrou que aqueles expostos ao aroma do café tiveram uma probabilidade menor de retomar o fumo imediatamente após a intervenção quando comparados aos que foram expostos a uma fragrância neutra. Esses resultados preliminares, divulgados recentemente, sugerem o potencial do uso da fragrância de café na luta contra o vício em tabaco.
O Café pode Realmente Ajudar a Parar de Fumar?
Silvia Oigman, diretora científica da Café Consciência e pesquisadora do IDOR, mencionou que a fragrância de café intensifica a atividade do sistema de recompensa do cérebro, especialmente o núcleo acumbens, que também é estimulado por drogas psicoativas. Esse dado sugere que a fragrância do café pode modificar a necessidade física e psicológica do fumo.
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Detalhes Sobre a Pesquisa
O estudo realizado pelo IDOR teve duas fases significativas. Inicialmente, em 2016, um pequeno ensaio envolvendo 16 fumantes testou a reação dos participantes à fragrância do café. Posteriormente, em 2022, um ensaio maior com 60 fumantes consolidou os resultados iniciais, apesar de ainda não serem estatisticamente significativos para uma conclusão definitiva. “Foi um sinal promissor, indicativo do potencial dessa estratégia,” afirmou Silvia.
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Próximos Passos no Uso Terapêutico da Fragrância de Café
Com um financiamento de R$ 373 mil da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), a equipe está agora focada no desenvolvimento de uma formulação terapêutica baseada em voláteis do café. Essa nova composição será adaptada a um dispositivo eletrônico para facilitar a inalação e possibilitar um controle mais preciso dos resultados nos próximos ensaios clínicos planejados.
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O grupo espera realizar novos estudos antes de 2026, afim de confirmar a eficácia desta abordagem inovadora. Antes disseminada mundialmente, a técnica poderá beneficiar um número expressivo de fumantes que lutam contra essa dependência, atualmente um grave problema de saúde pública que afeta milhões em todo o mundo conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Este avanço representa uma convergência promissora entre a neurociência e tratamentos alternativos, indicando um novo caminho potencial para aqueles que buscam deixar o vício do tabaco, utilizando recursos olfativos tão comuns e bem apreciados como o café. Os próximos anos serão decisivos para a validação e possível implementação dessa interessante descoberta.
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