No mês de julho, uma pesquisa da Genial/Quaest trouxe à tona diferentes percepções sobre a situação econômica do Brasil. Enquanto alguns brasileiros veem sinais de melhora, outros percebem uma deterioração no panorama econômico. Esta análise foi feita com base em entrevistas realizadas com 2.000 pessoas nos primeiros dias de julho.
Ainda que a sensação de piora na economia tenha registrado uma leve diminuição em julho, ela continua sendo maior do que as impressões de melhoria. Esta visão varia significativamente entre diversas faixas de renda, sugerindo um contraste social no sentimento econômico dos brasileiros.

Moedas de um real / dinheiro Getty Images/EyeEm
Qual foi a mudança na percepção da economia de maio para julho?
Em julho, o percentual de pessoas que sentiram que a economia brasileira piorou nos últimos 12 meses foi de 36%, uma pequena melhoria comparado aos 38% registrados em maio. Por outro lado, aqueles que perceberam uma melhora passaram de 27% para 28%, mostrando um avanço, ainda que mínimo. Os que consideram que a situação permaneceu a mesma continuam sendo 32%. As opiniões mostram uma polarização nas percepções sobre a condição econômica do país.
Como a renda influencia a percepção econômica?
O estudo apontou uma divisão clara baseada na renda dos entrevistados. Entre os que ganham até dois salários mínimos, que atualmente correspondem a R$ 2.824, a melhoria foi destacada por 37% dos participantes. Isso representa um número superior à média geral, indicando que os mais afetados pela economia também são os mais propensos a perceber sinais de recuperação.
Em contraste, entre aqueles com renda superior a cinco salários mínimos, ou R$ 7.060, o pessimismo é mais evidente. Quase metade desse grupo, ou 44%, percebe uma deterioração significativa no cenário econômico, enquanto apenas 21% relatam melhorias. Essa discrepância revela o impacto variado da economia dependendo da condição financeira dos indivíduos.
Dados e Metodologia da Pesquisa Genial/Quaest
A pesquisa foi realizada face a face, abordando eleitores de 16 anos ou mais. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais, para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. Estes dados reforçam a relevância do estudo e a necessidade de análises contínuas para entender as nuances da economia do país.
O panorama econômico do Brasil continua sendo um tópico complexo e variado, indicando que as políticas e ações do governo devem levar em consideração as diversas realidades vividas pelos brasileiros, a fim de promover um avanço consistente e inclusivo no país. Esse tipo de pesquisa é vital para captar as tendências e ajustar estratégias que visam a melhoria geral da nação.