Na última terça-feira, 16 de abril, em Bangu, Rio de Janeiro, uma mulher foi vista levando um homem que se encontrava morto em uma cadeira de rodas até uma agência bancária, com a intenção de sacar um empréstimo de R$ 17 mil. Ela conduziu a conversa em nome do homem falecido, levantando suspeitas entre os presentes e, agora, enfrenta possíveis acusações de vilipêndio a cadáver, entenda.
Mulher leva morto para sacar empréstimo

Após presenciarem a cena incomum, os funcionários do banco prontamente acionaram a polícia. Tanto os agentes quanto o SAMU foram chamados e, ao chegarem ao local, confirmaram que o homem estava morto há algumas horas. O homem era Paulo Roberto Braga, e estava com 68 anos.
Um vídeo registrado pelos atendentes do banco revela a mulher segurando a cabeça do cadáver para mantê-la erguida, enquanto utiliza sua mão para gesticular, simulando uma conversa com ele.
Erika de Souza Vieira Nunes foi para a delegacia, onde afirmou ser sobrinha e cuidadora do idoso.
As autoridades policiais estão conduzindo uma investigação para verificar se ela de fato tinha parentesco com o homem. “Ela tentou simular que ele assinasse. Ele já entrou morto no banco“, explicou o delegado Fábio Luiz.
CLIQUE AQUI e receba as nossas PRINCIPAIS NOTÍCIAS pelo WhatsApp
Acusação de vilipêndio a Cadáver
O crime de vilipêndio de cadáver está previsto no artigo 212 do Código Penal Brasileiro. Segundo o advogado criminalista Khristian Gondim, esse crime consiste em “desrespeitar, ridicularizar, ofender a honra” do corpo de uma pessoa falecida.
“Para este delito, a pena varia de 1 a 3 anos“, esclarece. “A acusada foi presa em flagrante e passará por audiência de custódia, na qual o juiz determinará se há motivos para mantê-la detida. Se todos os requisitos forem atendidos, ela responderá ao processo em liberdade.”
Conforme as investigações, Paulo faleceu pelo menos duas horas antes da chegada da equipe do SAMU à agência bancária.
Desse modo, além do artigo 212, o Código Penal Brasileiro possui outras disposições que criminalizam determinados comportamentos em relação aos mortos.
Defesa diz que o homem chegou vivo à Agência Bancária
Segundo o delegado Fábio Luiz Souza, não há evidências de que o idoso tenha falecido enquanto estava sentado. A defesa de Erika alega que o tio estava vivo quando chegaram à agência bancária.
Nesse sentido, o delegado afirmou que foram identificados livores cadavéricos na parte posterior da cabeça de Paulo. Dessa forma, isso indica que ele faleceu pelo menos duas horas antes da chegada da equipe do SAMU à agência bancária.
Assim, se Paulo tivesse falecido dentro do banco, seria esperado encontrar livores nas pernas, considerando que ele estava na cadeira de rodas. No entanto, a perícia inicial não detectou manchas nos membros inferiores.
A polícia continua investigando se Paulo utilizava ou não uma cadeira de rodas anteriormente. Ademais, os agentes aguardam os resultados do exame de necropsia para determinar a causa da morte: se foi decorrente de causas naturais ou se alguma substância foi administrada a ele, levando ao óbito.
Veja Também: URGENTE: IDOSO levado MORTO para ASSINAR EMPRÉSTIMO em BANCO do RIO de JANEIRO? – VEJA IMAGENS
Dica bônus
Receba nossas informações diariamente de forma gratuita, nos seguindo em nossas redes sociais:
CLIQUE E CONHEÇA NOSSA PÁGINA NO INSTAGRAM!