As últimas descobertas da Polícia Federal (PF) nas investigações sobre os eventos antidemocráticos revelam o contrário da narrativa de uma mobilização espontânea, surgem indícios sólidos de financiamento e apoio prévio por trás dos atos golpistas que abalaram o país em janeiro de 2023.
Decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) e pareceres da Procuradoria-Geral da República (PGR) lançaram luz sobre os bastidores da tentativa de golpe de Estado. Documentos, mensagens e outras provas apresentadas contradizem a ideia de uma manifestação sem planejamento, defendida por alguns investigados.
A determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, para a operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, trouxe à tona evidências contundentes de uma organização prévia. As investigações apontam para o conhecimento antecipado e o apoio de figuras próximas ao então presidente.
O que dizem os relatórios da PF
Segundo os relatórios da PF, os atos foram planejados e apoiados diretamente pelo grupo ligado a Bolsonaro, suspeito de envolvimento na tentativa de subverter a ordem constitucional. Diálogos interceptados revelam o major Rafael Martins de Oliveira, posteriormente preso, solicitando orientações ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, sobre recursos financeiros para transporte e locais de manifestação. Essas conversas ocorreram dias antes dos atos bolsonaristas convocados em novembro de 2022.
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As mensagens entre Martins e Cid mostram claramente a organização meticulosa por trás dos atos. O pedido de R$ 100 mil para custear hospedagem, alimentação e outros recursos evidencia a dimensão financeira planejada para viabilizar a participação dos manifestantes. Além disso, a menção a empresários do agronegócio como financiadores adiciona outra camada à complexa rede de apoio por trás dos eventos.
O envolvimento de figuras públicas, como o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Carlos Jordy, juntamente com empresários do agronegócio e do setor logístico, lança luz sobre a extensão do apoio aos atos antidemocráticos. Essa aliança entre políticos, militares e empresários revela uma teia de interesses e objetivos que visavam subverter a ordem constitucional.
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Provas do Financiamento dos atos antidemocráticos
Segundo relatos da Polícia Federal, os atos antidemocráticos foram financiados por grupos insatisfeitos com os resultados eleitorais, contando com o apoio financeiro de empresários. Esses grupos, motivados por descontentamento político, buscaram minar o estado democrático de direito e promover um retorno à ditadura militar.
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Apesar das evidências apresentadas, os envolvidos negam veementemente qualquer participação na incitação ou financiamento dos atos golpistas. O deputado Jordy e outros alvos da operação rejeitam as acusações, argumentando que são vítimas de uma ação autoritária. Da mesma forma, o empresário citado na denúncia também nega qualquer irregularidade, alegando que sua participação se limitou à campanha eleitoral.
Embora as condenações relacionadas aos atos antidemocráticos tenham atingido principalmente os executores, as autoridades afirmam que o foco agora está na identificação e responsabilização dos financiadores e mentores por trás dos ataques. O processo investigativo está em curso, com o objetivo de desvendar as conexões e esquemas de financiamento por trás desses eventos.
Empresários e militares envolvidos nos atos antidemocráticos
Além das conexões políticas já conhecidas, as investigações agora apontam para uma nova faceta dos atos golpistas: o envolvimento de empresários do setor logístico no financiamento de ônibus para levar manifestantes a Brasília. Essa revelação lança luz sobre a complexidade e abrangência dos esquemas de financiamento por trás dos eventos antidemocráticos.
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O parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) ressalta a participação direta de um dos investigados, Martins, na coordenação financeira e operacional dos atos. Mais do que simplesmente direcionar os manifestantes, ele teria organizado todo o suporte logístico necessário para garantir o sucesso das mobilizações. Além disso, o parecer destaca a arregimentação de integrantes das Forças Especiais do Exército, revelando uma complexa rede de apoio por trás dos eventos.
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