A Fitch Ratings, uma das principais agências de classificação de risco global, optou por manter a nota de crescimento econômico de crédito do Brasil em BB, indicando um patamar abaixo do grau de investimento desejado. Essa decisão reflete uma perspectiva estável que a agência visualiza para o futuro econômico do país a curto prazo. Com esta classificação, o Brasil se mantém na mesma posição desde a última análise, indicando estabilidade, mas também desafios constantes a serem superados.
Essa escolha da Fitch foi influenciada por diversos fatores, incluindo a diversificação econômica do Brasil, que, apesar de robusta, ainda enfrenta obstáculos como crescimento econômico limitado e rigidez orçamentária. A capacidade do país em lidar com choques externos e manter finanças externas fortes também foi um ponto considerado positivo.
O que significa a manutenção da nota de crescimento econômico BB para o Brasil?
Manter a nota BB para o Brasil implica que, apesar dos desafios econômicos enfrentados, há uma estabilidade considerável nos fundamentos econômicos do país. A economia brasileira, conhecida por sua diversidade, continua sendo um ponto forte reconhecido pela agência. Contudo, ainda há caminhos a serem percorridos na questão da rigidez do orçamento e na gestão da dívida pública, que continua em ascensão.
Os riscos apontados não são novos, mas são persistentes. Segundo a Fitch, o crescimento econômico limitado e as restrições orçamentárias continuam sendo os maiores obstáculos para uma melhora no rating do país. A Fitch alerta para a necessidade de reformas que possam efetivamente lidar com essas questões, principalmente no que tange às despesas obrigatórias.
Qual é a perspectiva futura para o crescimento econômico?
Para além de 2024, a Fitch aponta uma visão cautelosa. A agência prevê que, sem receitas extraordinárias, as condições fiscais do Brasil possam se tornar mais complexas. Isso se deve ao crescimento projetado de certas despesas obrigatórias, o que exigirá uma administração ainda mais eficiente e possivelmente rígida das despesas discricionárias para manter o teto de gastos.
Essa visão nos encaminha para a continuação ou até intensificação dos desafios fiscais em um futuro próximo, colocando em xeque a capacidade do governo de manter um equilíbrio sem comprometer o crescimento ou a estabilidade econômica.
Entenda como a Fitch classifica o risco de crédito
A Fitch Ratings emprega uma escala de classificação que determina o grau de risco associado a investimentos em dívidas, seja de governos ou de empresas. Esta escala começa no nível especulativo mais baixo, de D, indicando alto risco de inadimplência, e vai melhorando através de várias classificações até chegar a AAA, que representa o grau de investimento mais seguro e de alta qualidade.
A nota BB, atribuída ao Brasil, coloca o país abaixo do chamado grau de investimento, mas ainda dentro de um nível considerado estável e com capacidade intermediária de cumprir com suas obrigações financeiras sem grandes riscos de inadimplência imediata.
Com essa perspectiva, a economia brasileira, embora não esteja nas condições ideais de investimento, mostra sinais de resistência e adaptação, desafiando-se a melhorar suas políticas e práticas econômicas para, quem sabe, alcançar melhores classificações futuras.