Na manhã deste sábado, Miguel Gutierrez, ex-CEO das Lojas Americanas, foi liberado pela justiça espanhola.
Vivendo na Espanha desde janeiro de 2023, ao estourar o escândalo de fraude envolvendo a conhecida rede varejista brasileira, agora enfrenta as consequências legais.
No entanto, após uma audiência de custódia realizada em Madri, várias condições foram impostas para sua liberdade condicional.
Sua defesa afirmou que ele permanecerá no endereço já conhecido pelas autoridades desde 2023, e garantiu sua colaboração contínua com a justiça.
A operação Disclosure, deflagrada pela Polícia Federal, aponta um suposto prejuízo bilionário nas contas da empresa.
Dessa forma, as responsabilidades recaem sobre ele e outros membros da alta gestão, o que levou a investigações detalhadas sobre as práticas contábeis da organização.
Quais são as obrigações de Miguel Gutierrez após a liberação?
Com a libertação, o ex-executivo deve cumprir a série de medidas restritivas decididas pelo tribunal:
- Comparecimento em juízo a cada duas semanas;
- Entrega do passaporte às autoridades locais;
- Compromisso de não deixar o território espanhol.
Entenda a magnitude do escândalo nas Lojas Americanas
A acusação principal gira em torno de um déficit aproximado de R$ 25 bilhões, valor que aponta irregularidades graves na administração financeira da empresa.
O caso ainda inclui outras figuras do alto escalão da companhia, como Anna Christina Ramos Saicali, que permanece foragida.
Este evento não apenas choca pelo montante envolvido, mas também pelo impacto na credibilidade de uma das maiores redes varejistas do país.
Como a defesa de Miguel Gutierrez reage às acusações?
A equipe legal de Gutierrez foi rápida em responder às alegações, descrevendo-as como infundadas e oriundas de declarações falsas.
Em um comunicado, reiteraram que seu cliente nunca participou ou teve ciência dos atos fraudulenos apontados.
Mostrando confiança no sistema legal, eles enfatizaram que Gutierrez sempre esteve à disposição para colaborar com as investigações, seja na Espanha ou no Brasil.
Todo esse cenário complica as relações diplomáticas e judiciais entre os dois países, especialmente considerando a cidadania espanhola de Gutierrez, que impede sua extradição segundo as leis do país.
Assim, o governo brasileiro continua a explorar caminhos legais para trazer o executivo a responder pelos crimes em seu país de origem.
O que esperar do futuro do caso?
A complexidade do caso promete desdobramentos importantes nos sistemas judiciais de ambos os países.
Observadores internacionais estão de olho não apenas nas decisões legais, mas também nas repercussões econômicas e corporativas que o escândalo das Lojas Americanas poderá provocar no futuro.