A Pesquisa de Dívida e Inadimplência do Consumidor (PEIC) mostrou que até junho de 2024 havia pelo menos alguns 78,8% das famílias brasileiras endividadas. Mas há como reverter esse cenário, sair dessa estatística e ainda ter garantias legais.
Ninguém faz uma compra de longo prazo esperando não pagar. Pelo contrário, a dívida de cartão de crédito normalmente são feitas porque em determinado mês o valor ultrapassou o que o cidadão poderia pagar e os juros e multas aumentaram o valor original.
Ou seja, se você não conseguir pagar a fatura de R$ 100,00, por exemplo, com os juros e multas que fizeram a dívida chegar a R$ 150,00, fica ainda mais difícil. Além disso, no mês seguinte uma nova fatura será cobrada e com dois pagamentos a serem feitos no mês em que a avalanche começar.
Tendo isto em mente, o consumidor deve evitar ficar o máximo possível ficar devendo no cartão de crédito, empréstimo, financiamento ou abono especial. Procure organizar sua vida financeira, inclusive antecipando despesas emergenciais que podem atrapalhar o pagamento das contas em dia.
Se for tarde demais, a recomendação é tentar maneiras de negociar dívidas de cartão de crédito, reduzir as taxas de juros e encontrar soluções que caibam no seu orçamento. Não é aconselhável celebrar acordo com valores superiores aos que você pode pagar.
Como negociar dívidas de cartão de crédito com menos juros
O Cartão de crédito ainda é o mais utilizado pelos endividados, e atingiu 87,7% do total de devedores na pesquisa Peic publicada em dezembro de 2023. O levantamento é feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
As principais causas da dívida ainda são inflação crescente e a diminuição do poder de compra. No entanto, o falta de planejamento financeiro Também é considerado decisivo quando as dívidas aumentam.
Para sair do “buraco” em que a dívida te colocou, consumidor pode buscar ajuda na hora de negociar dívida no cartão de crédito através dos seguintes canais:
- Negocie diretamente com a operadora do cartão
Neste caso você pode iniciar negociações com a operadora do cartão ou com o banco emissor do cartão. Seja sincero dita suas condições de pagamento, informa quanto você pode pagar por mês e quanto você pode oferecer para pagar em dinheiro.
Para realizar essa negociação, ligue para o banco em uma central de atendimento ou procure as diversas ofertas de negociação no App da instituição.
- Procure uma agência de proteção ao crédito
Por exemplo: Serasa, SPC, Boa Vista, Recuperação e outros. No momento em que a dívida chega a empresas como estas, o credor já cedeu a dívida a estas instituições e não são realizadas mais negociações com elas.
Neste caso é possível aproveitar as feiras dependendo de onde elas são oferecidas descontos de até 99% do valor da dívida, reduzindo os juros aplicados. Verifique o valor da dívida no site desta agência.
- Contrate um advogado especializado em negociação de dívidas
Caso você não consiga negociar sozinho ou não tenha obtido sucesso, um advogado especialista poderá ajudá-lo. O profissional entrará em contato diretamente com outro escritório de advocacia, uma agência de crédito ou com o banco para tentar negociar.
Sem iniciar o processo judicial, o advogado oferecerá o valor que o devedor pode pagar e tentará fazê-lo dentro dos parâmetros legais, alcançar a melhor condição para pagamento.
- Negociar dívidas através de processos judiciais
O processo judicial pode ser necessário em duas situações: para liberar bens e contas do devedor, ou para solicitar o recálculo da dívida sem juros excessivos.
Na primeira opção, o credor processa o devedor e com isso a justiça bloqueia tudo que está em nome daquele cidadão. Tais como: sua conta pessoal, investimentos e bens materiais. Neste caso, o pagamento da dívida é obrigatório para obter a liberação.
Na segunda opção, o devedor é quem processa o credor porque foram constatadas taxas de juros abusivas no cálculo da dívida. Isso acontece quando a empresa cobra juros maiores do que o permitido por lei, e aumenta significativamente a dívida original.