À medida que nos preparamos para uma nova temporada de divulgação de resultados dos grandes bancos brasileiros, os investidores se mostram atentos às projeções e desempenhos esperados, que começam a ser divulgadas agora em julho. Na linha de frente, o Santander Brasil (SANB11) se prepara para abrir a temporada na próxima quarta-feira, prometendo números que podem indicar uma tendência de melhoria gradual.
Observadores do mercado, como a equipe do Goldman Sachs, mantêm uma visão otimista para o Itaú e o Banco do Brasil, esperando a continuação de uma performance de rentabilidade superior. Por outro lado, há uma cautela maior com o desempenho do Bradesco e do próprio Santander Brasil, que têm mostrado um ritmo de recuperação mais lento.

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O que esperar dos resultados dos bancões?
O cenário econômico, ainda sob efeito de um crescimento consistente de empréstimos e uma estabilização nas taxas de inadimplência, principalmente em empréstimos pessoais, parece favorável, conforme apontado por especialistas do JPMorgan. Este banco internacional prevê um incremento na qualidade dos empréstimos em meio à aceleração da economia brasileira, com um crescimento de 10% previsto para 2024.
Quais são as projeções para o Santander Brasil?
O Santander Brasil pode ser considerado um caso peculiar nesta temporada de resultados. Apesar de enfrentar um crescimento mais vagaroso em comparação com seus pares, espera-se que o banco exiba sinais de recuperação. O JPMorgan prevê lucros na casa dos R$3,3 bilhões, porém, alerta para a margem financeira que ainda se encontra pressionada pelo ambiente de mercado. A esperança reside na melhora dos empréstimos para automóveis, onde se prevê uma recuperação mais robusta.
Quais são as expectativas para Bradesco e Itaú?
- Bradesco: A esperança de melhora para o Bradesco está no horizonte de 2025, com tendências que podem decepcionar no curto prazo. As projeções de lucro para o segundo trimestre estão 8,2% abaixo do consenso de mercado, como nota o Bradesco BBI. Todos estão de olho na margem financeira e nas despesas operacionais, que devem crescer a um ritmo estável.
- Itaú: Em contrapartida, o Itaú parece destinar-se a mais um trimestre de resultados sólidos. Com uma projeção de lucro aproximado de R$10,0 bilhões para o segundo trimestre de 2024, o banco deve continuar liderando entre os grandes em termos de rentabilidade e crescimento, segundo análises do JPMorgan e Goldman Sachs.
Em síntese, os próximos meses serão cruciais para avaliar se a recuperação econômica seguirá beneficiando o setor bancário como esperado. Enquanto Itaú deve seguir à frente, Santander e Bradesco podem enfrentar mais desafios até mostrarem uma recuperação mais solidificada. Os resultados não apenas influenciarão as estratégias futuras dos próprios bancos, mas também as decisões de investimentos no país.