Diante de um cenário de constantes mudanças e desafios, os Correios do Brasil, sob a liderança de Fabiano Silva dos Santos, iniciam um processo de transformação profunda. A tradicional estatal, conhecida por sua abrangente rede de entrega de correspondências, agora busca diversificar seus negócios. A inspiração para essa renovação vem do modelo francês La Postale, que já opera no segmento bancário com La Banque Postale.
Essa reestruturação é essencial para a sustentabilidade financeira da empresa pública, que observa uma queda consistente na receita proveniente do serviço postal. Desta forma, Fabiano Silva dos Santos elaborou um plano audacioso que visa transformar os Correios em um pivô de investimentos e parcerias com empresas privadas. O objetivo não é apenas inovar, mas também gerar lucro considerável para a estatal.
Fabiano Silva dos Santos : Fonte (O Globo)
Quais são as novas frentes de negócio dos Correios?
Agindo de acordo com os novos tempos, os Correios planejam lançar seu próprio marketplace e sistemas de pagamento até o final deste ano, movimentos que sugerem uma aproximação ao setor financeiro. Esta iniciativa será essencial para enfrentar a competição acirrada, possibilitando que pequenos e médios empresários possam vender seus produtos numa plataforma confiável e consolidada.
Correios e seu plano de retorno ao mercado bancário
Historicamente, os Correios já figuraram no setor bancário através do Banco Postal. Agora, o plano para o futuro próximo inclui não só renascer como meio de pagamento, mas possivelmente evoluir para um banco digital. Essa transição é vista como uma resposta natural às exigências de um mercado que se digitaliza cada vez mais. Com uma regulamentação menos rigorosa para atividades digitais, comparadas às dos tradicionais bancos comerciais, os Correios encontram um caminho propício para seu desenvolvimento no setor.
Expectativas e parcerias estratégicas
Além das parcerias já mencionadas, como aquela com o Sebrae para capacitar vendedores para o marketplace, os Correios também estudam sociedade com algumas fintechs. As parcerias são estratégicas e visam diluir os riscos, mantendo sempre participações minoritárias, mas com expectativas de obter até 49,9% de um negócio vantajoso. Essa escolha de participação dá aos Correisos a vantagem de estar presente em cada município do país, oferecendo abrangência e capilaridade inigualáveis.
As mudanças não param por aí. A estatal também visa uma atuação mais forte no setor de telefonia, mais especificamente na oferta de planos pós-pagos e de internet. A parceria com a Surf Telecom é apenas o início de uma jornada que poderia transformar os Correios em uma força nacional para inclusão digital, em sintonia com as políticas do governo.
Lançamento de marketplace próprio
Implementação de sistemas de pagamento
Exploração do setor bancário como banco digital
Parcerias estratégicas para capacitação e expansão de negócios
Avanço em negociações com fintechs e outras instituições
A jornada de transformação dos Correios parece ser uma fusão de inovação com tradição, visando garantir sua relevância e sustentabilidade no futuro. Com as estratégias sendo cuidadosamente implementadas, o panorama para a estatal parece promissor.