Após atingir a terceira idade, muitas pessoas veem a possibilidade de investir seus ganhos, já que nessa idade os gastos diminuem exponencialmente, restando fundos para investimentos. Porém, a grande dúvida é se vale a penas investir em produtos de longo prazo aos 60 anos de idade.
É claro que investir a longo prazo é, sim, sempre melhor, pois dá tempo de se planejar, o que realmente muda é o nível de esforço, ainda mais quando consideramos que a expectativa de vida do brasileiro está em mais de 75 anos.
Todavia, no mundo financeiro é preciso levar sempre em conta o perfil de investidor de cada pessoa e os objetivos pessoais da mesma com o investimento. Confira a seguir dicas para que você possa escolher opção que mais se adeque ao seu perfil.
Prazo máximo para investir na terceira idade
Em primeiro lugar, é de suma importância saber que para idosos, existem tempos diferentes para os investimentos, que mudam conforme a sua faixa etária. Embora esse tema seja muito discutível dentro do mercado financeiro.
“Considero a partir de 10 anos um período ideal para longo prazo. O prazo máximo também varia de acordo com a expectativa de vida de cada pessoa, geralmente considera-se, em planejamento financeiro, até os 80 anos”, afirma Alexandre Brito, sócio e gestor da Finacap Investimentos.
Porém, de acordo com Ahmed Sameer El Khatib, professor e coordenador do Instituto de Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), o mais indicado para um idoso com 60 anos, seria ativos com retorno em 5 a 10 anos.
“Para alguém de 70 anos, o horizonte de longo prazo também pode ser de 5 a 10 anos. Isso porque, é preciso ponderar que os custos de vida são maiores nessa faixa etária. Por isso, é necessário que haja bastante liquidez para cobrir eventuais emergências” comenta o especialista.
Quanto ao grupo de cidadão na casa dos 50 anos, que apesar de não estar na terceira idade, é a faixa etária mais próxima, e por isso merecer receber maior atenção relacionado a ativos financeiros de longo prazo.
“Portanto, para uma pessoa de 50 anos, o prazo máximo seria em torno de 15 a 20 anos, levando em conta a idade de aposentadoria”, fala o professor.
Os melhores investimentos para idosos

Agora que você já tem ideia do tempo médio que deveria manter seus investimentos ativos, é hora de descobrir quais investimentos são recomendados para idosos, e pessoas com 50 anos.
LCI e LCA
Tanto o ativo Letra Crédito Imobiliário (LCI) quanto o ativo Letra de Crédito Agrícola (LCA) são produtos financeiros de renda fixa com isenção de Imposto de Renda. Além disso, esse ativo visa o desenvolvimento do setor imobiliário e agronegócio, respectivamente.
Com ele, a empresa que tomou o crédito tem a obrigação de quitar a dívida com a instituição bancária, pagando os empréstimos com juros. O banco que recebe a empresa tomadora dos juros, paga ao investidor o valor.
“Então, na data do vencimento, pré-estabelecido no momento da aplicação, você recebe o valor investido com juros. Por outro lado, tem carência, o que faz necessário aguardar o prazo combinado para resgatar”, pontua Adriana Matheus, economista, CFP e especialista em investimentos.
Tesouro Direto
De acordo com especialistas, o tesouro direto é considerado um investimentos de baixo risco para idosos. Os títulos públicos podem ser mantidos até o vencimento, o que proporciona retorno a longo prazo.
Fundos Imobiliários
Investir em FIIs pode gerar renda passiva, sendo adequados para idosos com objetivos de longo prazo, ou para pessoas com 50 anos que desejam receber uma “aposentadoria” rentável.
Vale ressaltar que fundos imobiliários são investimentos com a finalidade de investir em ativos do mercado imobiliário, como imóveis, títulos de dívida imobiliária, entre outros.
Planos de Previdência Privada
Neste, os idosos podem contar com uma carteira diversificada, ou ter vários planos com diferentes características como renda fixa, multimercado e até mesmo renda variável como as ações. Tudo isso apenas investindo na previdência privada, que não necessariamente é voltada apenas para a aposentadoria.
“A vantagem aqui é que o valor aplicado em previdência, seja um PBL ou um VGBL, não entra em inventário e pode ser escolhido o beneficiário ou quem irá receber na falta do investidor que contratou o plano. Além disso, resgates durante o período de acumulação podem ser feitos de 60 em 60 dias. Por fim, e não menos importante, ainda existe a chance de transformar o valor acumulado em renda mensal, como um complemento da aposentadoria”, argumenta Adriana Matheus.