Carrefour, maior rede varejista do Brasil, está enfrentando crise monetária de R$ 565 milhões! A empresa informou que a receita líquida no último trimestre foi de R$ 28 bilhões, recuo de 0,3%. O anúncio saiu na segunda-feira do dia 19.
Entenda a seguir o que isso significa para a empresa, e se ela corre o risco de falir.
CEO do Carrefour se pronunciou
O Carrefour, dono de outras marcas como Atacadão, Sam’s Club, divulgou na segunda-feira (19) o fechamento de 123 lojas. Durante uma teleconferência de resultados, no dia 20 terça-feira, os executivos da empresa abordaram o tema e defenderam a medida.
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Ao que tudo indica, o mercado parece ter apoiado o anúncio, com a impressão de que a companhia está “arrumando a casa” após a aquisição do Grupo BIG. As ações frequentes do grupo disparam na Bolsa de valores brasileira (CRFB3), com alta de mais de 11% na sessão de terça.
Sendo assim, ao todo 94 supermercados Todo Dia serão fechados, sendo estes 13 das marcas Nacional e Bom Preço e 16 da marca Carrefour. A escolha foi em razão do mau desempenho dos supermercados em 2023. Inclusive, alguns dos encerramentos ocorreram entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano.
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Unidades fechadas são apenas 1% da renda do grupo Carrefour
No que diz respeito aos custos relacionados aos fechamentos, a equipe do Carrefour esclareceu que as provisões já foram realizadas no quarto trimestre. Confirme Eric Alencar, diretor financeiro (CFO), “a tempestade já passou nos os efeitos caixa”.
“O que pode vir são ações que não temos conhecimento, mas que geralmente são coisa pequena, ou diferença de preço dos terrenos que vamos vender, daquilo que achamos que vale os terrenos e eles realmente valem”, disse o executivo. “Mas eles valem mais de R$ 400 milhões e com certeza os ganhos com as vendas desses ativos devem cobrir boa parte dos custos dos fechamentos”.
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Em relação aos efeitos no faturamento, o CEO Stéphane Maquaire afirmou que as unidades fechadas foram responsáveis por menos de 1% das vendas totais do grupo em 2023. No entanto, ele também observou que as vendas totais do grupo não devem retornar aos níveis anteriores após essas mudanças.
Por outro lado, melhorias no cenário macroeconômico, com a inflação alimentar, voltam a subir, e os esforços da empresa devem impulsionar as vendas nas mesmas lojas. O Atacadão, principal gerador de resultados do Carrefour, tem sido afetado pela menor variação de preços.
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“Estamos acompanhando a volta da inflação alimentar e vemos, nos últimos meses, a volta da força do B2B (business to business)”, falou Maquaire. A Inflação baixa – quando não deflação – está impactando o setor de atacarejo, com comerciantes montando menos estoques, sendo que as vendas mesmas lojas caíram na comparação anual. “Estamos sempre atuando, com foco, para manter esses clientes no nosso portfólio”, falou o CEO.
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