No dia 16 de maio, a Petrobras encerrou sua política de Preço de Paridade de Importação (PPI) para o petróleo e seus derivados, como gasolina e diesel, que estava vinculada ao dólar e aos preços internacionais. Em um comunicado, a Diretoria Executiva da empresa anunciou uma nova estratégia de comercialização, focada no “custo alternativo do cliente” como principal critério de precificação, juntamente com o “valor marginal para a Petrobras“.
O que é a PPI ?
A política de Preço de Paridade de Importação (PPI) dolarizou os preços dos combustíveis no Brasil. Além disso, a Petrobras começou a estabelecer os valores dos combustíveis como se fossem 100% importados, ignorando custos de transporte e taxas de importação inexistentes.
O encerramento dessa política também era uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A substituição dessa política já tinha sido anunciada pelo presidente da Petrobras na semana anterior. No dia 14 de Maio, a empresa confirmou por meio de nota que estava discutindo internamente as alterações.
A confirmação da mudança foi recebida com celebração pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). Um levantamento conduzido pela entidade, em colaboração com o Dieese e utilizando dados da Petrobras, revelou que, durante o período de vigência da PPI, o preço médio do botijão de gás de cozinha, amplamente utilizado pela população de baixa renda, aumentou em 223,8%, chegando a custar em média R$ 108 para o consumidor.
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Preço da Gasolina e combustíveis
A nova estratégia do Governo Federal é de “abrasileirar” os preços dos combustíveis no país, desse modo, a gasolina, o diesel e até o gás de cozinha podem ficar mais acessíveis à população.
Sem a política de paridade ao dólar, o mesmo botijão passou a custar R$ 55. Durante o período de janeiro de 2003 a outubro de 2016, o preço do GLP registrou um aumento acumulado de 15,5%.
O barril de petróleo também teve um aumento de 61,9% em seu valor, enquanto a gasolina variou 112,7% e o diesel, 121,5%. “Após quase sete anos de tormento para o povo brasileiro, finalmente chegamos ao fim desse pesadelo“, destacou Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP.
Desde 2016, a FUP e seus sindicatos têm protestado pela revogação do PPI, considerando-o uma política que beneficiou grandemente a Petrobras com lucros extraordinários e dividendos recordes aos acionistas, em detrimento dos investimentos nacionais.
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