Recentemente, o panorama financeiro no Brasil passou por mudanças significativas, impulsionadas principalmente pela digitalização e pela adesão crescente aos bancos digitais entre a população mais jovem. Um estudo feito pela consultoria Oliver Wyman revela uma guinada no comportamento dos usuários, com destaque para a geração Z.
O estudo, que entrevistou 3 mil clientes bancários de todas as regiões do Brasil, destaca o aumento considerável no número de correntistas que preferem instituições digitais em detrimento dos bancos tradicionais. E enquanto os mais jovens lideram essa mudança, as gerações mais antigas ainda mostram resistência.
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Qual é a atual preferência dos brasileiros em relação aos tipos de bancos?
Os dados coletados entre abril e maio deste ano trazem uma nova realidade: 89% dos jovens de 18 a 29 anos já têm conta em bancos digitais. Este número se contrapõe aos 76% que mantêm contas em bancos tradicionais. Os números refletem uma verdadeira revolução digital no setor financeiro.
Por que os bancos digitais estão se tornando tão populares?
A resposta para a crescente popularidade dos bancos digitais pode ser atribuída a diversos fatores. A conveniência e a redução de custos são os mais destacados. Serviços que antes exigiam visita a uma agência física, agora são feitos online, sem qualquer custo adicional. Pioneiros como Nubank, Inter e C6 Bank são frequentemente citados por oferecerem uma experiência de usuário simplificada e eficiente.
Impacto dos bancos digitais nas transações financeiras cotidianas
A transformação digital não afeta apenas onde as pessoas escolhem guardar seu dinheiro; ela remodela toda a forma como interagem com suas finanças. Com a opção de realizar transações 24/7, o impacto sobre a necessidade de agências físicas é inevitável. Desde 2017 até 2022, o número de agências físicas caiu 18,6%, uma mudança impulsionada não só pela conveniência digital, mas também por fatores externos, como a pandemia de COVID-19.
Embora muitos clientes ainda valorizem o aspecto de segurança que uma agência física pode proporcionar, uma porcentagem significativa, 71%, raramente usufrui deste recurso. A tendência é que essa porcentagem aumente à medida que as interfaces digitais se tornem ainda mais seguras e completas.
Conforme o sistema financeiro evolui, os bancos digitais surgem não apenas como facilitadores, mas como líderes na revolução financeira. Nesse cenário, a inclusão digital se torna cada vez mais fundamental, permitindo que todas as gerações desfrutem das vantagens dessas transformações. A pesquisa de Wyman serve como um termômetro para essa evolução contínua, mostrando que a adesão aos serviços digitais é um caminho sem volta para a maioria dos brasileiros.