As condições climáticas na Amazônia têm levantado grandes preocupações para este ano.
Uma combinação de chuvas escassas e temperaturas elevadas eleva o risco de uma estiagem severa na região.
Esta situação já está no radar das autoridades e órgãos competentes, que estudam medidas para lidar com possíveis emergências.
O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) destacou a importância de estratégias proativas.
Estudos recentes preveem que, em 2024, a estiagem possa ser tão grave quanto a observada no ano anterior, impactando significativamente a vida local.
Efeitos Climáticos da Estiagem na Amazônia

De acordo com Flavio Altieri, analista do Censipam, o fenômeno El Niño e o aquecimento dos oceanos Atlântico Norte e Sul colaboram para a redução das chuvas na área.
Esse fenômeno tem efeitos diretos na rotina dos habitantes e na biodiversidade local.
O déficit pluviométrico registrado nos últimos 12 meses chegou a 27%, conforme dados do Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico.
Esse desequilíbrio meteorológico afeta diretamente os níveis de água dos rios, complicando a vida de populações ribeirinhas e a navegabilidade fluvial.
Impactos da Seca na Navegabilidade e Economia Regional
A falta de chuvas faz com que os rios sofram rapidamente com a baixa nos seus níveis, afirma Alan Vaz Lopes, superintendente de Operações de Eventos Críticos.
Esse fenômeno impacta diretamente na economia, especialmente no transporte de cargas pela extensa rede de hidrovias da região, como nos rios Solimões, Amazonas, Madeira e Tapajós.
- Rio Madeira: A navegação noturna é interrompida quando a cota do rio está abaixo de 4 metros.
- Bacia do Tapajós: Conforme o nível da água baixa, a interrupção da navegação se torna completa.
Estes efeitos colocam em risco não apenas o transporte de cargas, mas também o deslocamento das populações locais para o acesso a bens básicos e serviços essenciais.
Atenção aos Outros Setores Afetados pela Seca
Além da navegabilidade, o abastecimento de energia e a disponibilidade de água potável e alimentos estão entre as preocupações.
A região abriga 17 hidrelétricas, que representam quase um quarto do consumo do Sistema Interligado Nacional.
Apesar de ainda haver capacidade de geração, qualquer alteração nesse cenário requisita atenção e planejamento.
Por fim, é essencial que os órgãos competentes e a população estejam preparados e informados.
Com planejamento e intervenções adequadas, é possível minimizar os impactos dessa iminente temporada de seca na Amazônia.