A situação dos planos de saúde enfrenta uma deterioração significativa, evidenciada por uma série de desafios enfrentados pelas operadoras. Estes incluem uma redução na rede credenciada, um aumento na cobrança de coparticipação, uma queda nos valores de reembolso e reajustes que atingiram níveis recordes.
Nos últimos três anos, o número de reclamações registradas na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mais do que dobrou. Esse panorama reflete a crise enfrentada pelas operadoras, que registraram um prejuízo operacional combinado de R$ 18 bilhões entre 2021 e 2023 (até setembro).
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O ‘Novo Normal’ dos planos de saúde
A desaceleração drástica no setor teve início em 2021 com o retorno dos procedimentos médicos não realizados durante o auge da pandemia. Em 2020, durante o período de isolamento social e cancelamentos de procedimentos médicos pelos pacientes, as operadoras alcançaram um resultado excepcional, registrando um lucro operacional de R$ 18,7 bilhões, três vezes maior do que o observado em 2019, que foi de R$ 5,7 bilhões.
Para este ano, há uma expectativa de recuperação financeira e um reajuste menor. No entanto, não se espera que os planos de saúde retornem à normalidade pré-pandêmica. No “novo normal”, é previsto que os planos de saúde se tornem ainda mais restritivos, especialmente nas modalidades de adesão e PME (pequenas e médias empresas), que são produtos frequentemente adquiridos por pessoas físicas.
Mercado de Planos de Saúde se adapta à realidade atual
O mercado de convênios médicos empresariais, que domina 60% do setor, ainda vê espaço para mais readequações e benefícios. No entanto, reembolsos generosos e uma ampla rede credenciada devem se restringir a contratos corporativos de grande porte ou a um público de alta renda. Maurício Lopes, presidente da Qualicorp, destacou durante uma teleconferência para investidores que o modelo de produto com essas características não será sustentável no varejo a longo prazo.
Ao invés disso, as operadoras estão se concentrando em oferecer planos mais enxutos, como exemplificado pela SulAmérica, que lançou 23 tipos de seguros saúde com reembolso limitado ao perfil do produto.
Por outro lado, a Hapvida, focada em uma base de clientes de renda mais baixa, está priorizando a expansão da sua rede própria de hospitais em locais como São Paulo e Rio de Janeiro. Marcos Novais, superintendente executivo da Abramge, enfatizou que essa adaptação aos novos tempos reflete a demanda atual, uma vez que os custos elevados tornaram os planos de saúde com todos os benefícios anteriores impraticáveis para muitos.
Aumento expressivo das mensalidades e ‘downgrade’ para aliviar o impacto
O aumento significativo nas mensalidades dos planos de saúde empresariais desde 2020, com um acréscimo de quase 55%, quase o dobro do índice IPCA, foi destacado por representantes do setor como resultado de vários fatores atípicos ocorridos após a pandemia.
Para amenizar o impacto desse aumento, muitos convênios médicos estão passando por um processo de ‘downgrade’. Esse aumento expressivo é atribuído, em parte, a mudança regulatórias que permitiram a inclusão de novas coberturas médicas em intervalos menores, assim como um número ilimitado de sessões de terapia.
O custo para tratamentos como a Terapia do Espectro Autista (TEA) já ultrapassa o valor de sessões de oncologia, devido à alta demanda por atendimentos.
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