O Conselho Eleitoral Nacional da Venezuela (CNE) anunciou nesta segunda-feira, com 80% dos votos apurados, que Nicolás Maduro venceu o pleito com 51,2% dos votos. No entanto, a oposição discordou veementemente dos resultados apresentados, alegando que Edmundo González seria o verdadeiro vencedor com aproximadamente 70% dos votos.
A última atualização do CNE ocorreu na madrugada de segunda-feira, pouco antes do site da organização sair do ar, devido a um suposto ataque hacker. Maduro, aliado do presidente do Conselho, Elvis Amoroso, também afirmou que o CNE foi alvo de um ataque cibernético.
Resultado Eleitoral Venezuelano: O que Dizem os Países Estrangeiros?
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Mais de 10 países, incluindo EUA, Reino Unido, Chile, Alemanha, Argentina, Uruguai, Espanha, Itália, Equador, Peru, Colômbia, Guatemala, Panamá, Costa Rica e Portugal, bem como a União Europeia, contestaram o resultado das eleições na Venezuela. Esses países exigem explicações e apresentaram os seguintes pontos em suas declarações:
- Falta de transparência no processo eleitoral;
- Pedido para a publicação integral dos resultados das urnas;
- Insistem que a vontade popular precisa ser respeitada.
Maduro Realmente Venceu a Eleição na Venezuela?
Segundo o Conselho Eleitoral Nacional da Venezuela, com 80% dos votos apurados, Nicolás Maduro teria sido reeleito com 51,2% dos votos, enquanto Edmundo González, seu principal oponente, teria obtido 44%. Entretanto, a oposição contestou esses números, alegando que Gonzalez venceu com 70% dos votos.
O presidente Nicolás Maduro, que está no poder há 11 anos, está sendo acusado internacionalmente de manipulação de resultados. Especialistas e autoridades internacionais também questionam a presidência do CNE, controlada por um aliado de Maduro.
Reações e Contestações Internacionais
Minutos após a divulgação do resultado, Maduro fez um discurso para os seus apoiadores em frente ao Palácio de Miraflores, celebrando a sua reeleição como uma vitória da paz e estabilidade. Ele afirmou que o povo venezuelano optou pela tranquilidade e que o fascismo não teria vez na terra de Bolívar e Chávez.
No entanto, líderes da oposição, como Maria Corina Machado, rapidamente contestaram os resultados divulgados pelo CNE. Maria Corina, que foi impedida de concorrer pela organização, disse que Edmundo González foi eleito presidente da Venezuela.
Quais Foram os Desafios da Oposição?
Além dos questionamentos sobre a transparência do processo eleitoral, a oposição enfrentou diversos desafios durante a eleição. Duas candidatas foram impedidas de concorrer pelo CNE, e houve denúncias de irregularidades durante todo o pleito. Edmundo González, em um breve discurso, indicou que não descansará até que os resultados reais sejam reconhecidos e a vontade popular seja respeitada.
Segundo o CNE, a participação eleitoral foi de 59%, um aumento significativo em comparação aos 46% registrados nas eleições de 2018, marcadas por denúncias de fraude e alta abstenção. Esta diferença ressalta o aumento do engajamento dos eleitores neste pleito em comparação às últimas eleições.
Quais São as Próximas Etapas Após as Eleições na Venezuela?
A situação na Venezuela ainda está bastante volátil, com a oposição insistindo na vitória de Edmundo González e a contestação contínua de países internacionais. Com o site do CNE fora do ar devido ao suposto ataque hacker, a transparência dos resultados das urnas clara e detalhada tornou-se mais complexa. Sendo assim, os próximos passos dependem das investigações e das respostas do CNE às contestações.
O prolongamento da instabilidade política na Venezuela continua a dividir a população e a comunidade internacional. Todos os olhos estão voltados para os desenvolvimentos futuros, que serão cruciais para a democracia e estabilidade política do país.