Você vai se chocar com os bastidores da maior fraude já registrada contra aposentados e pensionistas no Brasil. Uma ex-telefonista que trabalhou diretamente no atendimento aos beneficiários revelou como o “Careca do INSS” e sua quadrilha aplicavam golpes bilionários, com uso de call centers e táticas enganosas para justificar descontos ilegais nas aposentadorias.
Essa é uma das peças-chave da investigação que abalou o INSS em 2025 — e mostra como milhões de idosos foram vítimas sem nem saber. Descubra agora como o golpe funcionava, quem está envolvido e o que você precisa fazer para se proteger.
O que era o golpe do desconto indevido no INSS?
A fraude usava centrais de telemarketing para aplicar um golpe cruel: os aposentados eram incluídos em associações sem autorização e tinham valores descontados direto do benefício. Muitos só descobriram depois de anos de prejuízo.
As ligações diziam que a filiação foi feita por WhatsApp ou aceita verbalmente. Tudo era mentira.
Quem está por trás do escândalo?
O centro da operação era controlado por Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”. Junto com aliados, ele criou empresas de fachada e movimentou milhões, pagando propinas a servidores e dirigentes do INSS.
A empresa usada para intermediar o golpe se chamava Truetrust Call Center. O nome oficial? ACDS, iniciais dos donos: Antonio Carlos e Domingos Sávio.
O que os atendentes diziam aos aposentados?
Uma funcionária que trabalhou no “SAC das fraudes” contou tudo:
- Eles seguiam um script pronto;
- Prometiam devolução em 10 dias, depois estendiam para 30;
- Diziam que os filhos poderiam ter autorizado os descontos;
- Inventavam que o próprio aposentado clicou em um link sem saber.
A ordem era acalmar os lesados e ganhar tempo, mesmo sem intenção real de reembolsar ninguém.
Como saber se você foi vítima e o que fazer agora?
Para se proteger:
- Acesse o Meu INSS (site ou app);
- Veja seu extrato de pagamento e verifique descontos indevidos;
- Ligue no 135 se encontrar algo estranho;
- Denuncie ao Procon e, se possível, registre um B.O..
Quais entidades estão envolvidas?
Entre as citadas pela Polícia Federal estão:
- CBPA — chegou a faturar R$ 57 milhões em mensalidades;
- Abrasprev e Abapen — também ligadas ao esquema, mas não incluídas na ação da AGU.
O escândalo gerou punições?
Sim. A Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, levou à queda do presidente do INSS e do ministro da Previdência. A AGU também entrou com pedido para bloquear R$ 2,5 bilhões das entidades fraudulentas.