De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, Nicolás Maduro foi reeleito presidente com 51,2% dos votos. Com 80% das cédulas apuradas até a madrugada desta segunda-feira, o principal opositor, Edmundo González, obteve 44% dos votos, o que gerou grande polêmica tanto internamente quanto internacionalmente.
A oposição contesta os números apresentados pelo CNE, alegando que González venceu Maduro com 70% dos votos. A controversa reeleição de Maduro acontece em meio a uma avalanche de críticas e rejeições de vários líderes globais, que pedem por transparência no processo eleitoral venezuelano.
Maduro reeleito com 51,2% dos votos
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A reeleição de Nicolás Maduro tem sido fortemente contestada, não apenas pela oposição venezuelana, mas também por líderes internacionais. Países como Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e Chile expressaram sérias preocupações sobre a integridade do resultado eleitoral.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que o resultado anunciado não parece refletir a verdadeira vontade do povo venezuelano. Assim como Blinken, diversos líderes pediram a publicação completa e transparente dos resultados das eleições.
Quais países contestaram o resultado?
Vários países se manifestaram contra os resultados das eleições na Venezuela. Confira abaixo os principais líderes e países que questionaram a vitória de Maduro:
- Estados Unidos – Antony Blinken
- União Europeia – Josep Borrell Fontelles
- Reino Unido – Ministério das Relações Exteriores
- Chile – Gabriel Boric
- Alemanha – Ministério das Relações Exteriores
- Argentina – Javier Milei
- Uruguai – Luis Lacalle Pou
- Espanha – José Manuel Albares
- Itália – Antonio Tajani
- Equador – Daniel Noboa
- Peru – Javier Gonzalez-Olaecha
- Colômbia – Luis Gilberto Murillo
- Guatemala – Bernardo Arevalo
- Panamá – José Raúl Mulino
- Costa Rica – Rodrigo Chaves
- Portugal – Ministério dos Negócios Estrangeiros
Quem parabenizou Maduro?
Apesar da contestação internacional significativa, alguns países reconheceram e parabenizaram Maduro pela sua reeleição:
- Rússia – Vladimir Putin
- China – Ministério das Relações Exteriores
- Irã – Embaixada Iraniana na Venezuela
- Honduras – Xiomara Castro
- Bolívia – Luis Arce
- Catar – Tamim bin Hamad al-Thani
- Cuba – Miguel Díaz-Canel Bermúdez
- Nicarágua – Daniel Ortega
Vladimir Putin, por exemplo, enviou uma mensagem pessoal a Nicolás Maduro, parabenizando-o pela reeleição e reafirmando a disposição da Rússia em continuar desenvolvendo relações em diversas áreas com a Venezuela.
A oposição na Venezuela
O principal candidato da oposição, Edmundo González, obteve 44% dos votos segundo o CNE. No entanto, a oposição alega que González venceu com 70% dos votos, contestando fortemente os números anunciados. A líder da oposição, Maria Corina Machado, pediu a contagem total dos votos e uma auditoria independente como medidas essenciais para garantir a transparência.
O clima de tensão durante o pleito de 2024 foi percebido com longas filas e momentos de confusão em alguns locais de votação. Apesar disso, Nicolás Maduro, ex-motorista de ônibus de 61 anos, deve permanecer no poder por mais seis anos, elevando seu tempo total no comando do país a 17 anos.
O que esperar depois das eleições?
A comunidade internacional está atenta aos próximos desdobramentos na Venezuela. A insistência em uma auditoria independente e total transparência no processo eleitoral é vista como uma demanda coletiva de vários países, que esperam que a vontade verdadeira do povo venezuelano seja respeitada.
Após as eleições, é provável que as discussões em torno da legitimidade dos resultados eleitorais continuem. Com várias nações já declarando que não reconhecerão os resultados, a política internacional pode ver novas sanções e medidas diplomáticas em prol da democracia na Venezuela.
Uma crise política sem fim?
A crise política na Venezuela parece estar longe de uma solução. Com a reeleição contestada de Nicolás Maduro, a oposição e a comunidade internacional veem um longo caminho pela frente para garantir a transparência e a legitimidade democrática no país.
A pressão para uma contagem de votos transparente e uma auditoria independente poderão lançar novos capítulos nesse cenário político tenso. Resta aguardar quais serão os próximos passos e como eles afetarão a vida dos venezuelanos e a atuação da comunidade internacional nos próximos anos.