Na manhã de uma agitada quinta-feira, a Polícia Federal brasileira realizou uma série de prisões cruciais. Agentes federais detiveram quatro individuos suspeitos de envolvimento em atividades de espionagem ilegal ligadas à Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Os detidos incluem figuras de alta relevância como um militar do Exército, um agente da PF, um empresário influente e um ex-assessor da Secretaria de Comunicação Social do governo anterior.
Essas prisões são parte de uma operação denominada “Última Milha”, que já está em sua quarta fase. Esta operação especificamente visa desbaratar uma rede acusada de monitoramento ilegal de autoridades e disseminação de informações falsas. Uma trama complexa que tem conexões diretas com a política de alto escalão brasileira.
Quem são os envolvidos na operação Última Milha?

O primeiro a ser detido na operação foi um militar, anteriormente assessor direto do ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, que hoje é deputado federal. As investigações apontam que ele teve papel ativo no monitoramento ilegal de figuras como o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e a ex-deputada Joice Hasselmann.
Qual o papel do agente da PF e do empresário nas atividades ilegais?
O segundo individuo preso atua na PF, mas estava cedido à Abin e afastado desde janeiro por decisão do STF. Sua carreira inclui a atuação como segurança durante a campanha presidencial de Jair Bolsonaro em 2018. Um terceiro envolvido, ligado à Secretaria de Comunicação, foi citado na CPI da Covid por suposta participação em um ‘gabinete do ódio’, envolvido na criação de perfis falsos e na propagação de fake news.
Impactos e extensão da rede de espionagem
O quarto detento, um empresário, já indiciado anteriormente pela CPI da Covid, é acusado de financiar a disseminação de notícias falsas. Com estas prisões, está cada vez mais claro o quão ramificada e perigosa é a rede envolvida na criação de narrativas falsas e espionagem de autoridades. A operação também inclui a emissão de um quinto mandado de prisão, com agentes mobilizados em diferentes cidades como Brasília, Curitiba, São Paulo, entre outras, onde ocorrem simultâneas buscas e apreensões.
Estas ações refletem os significantes esforços das autoridades brasileiras em combater crimes de espionagem e a proliferação de informações falsas que têm potencial para desestabilizar o tecido social e político do país. Enquanto a nação aguarda mais atualizações, a situação reforça a necessidade de vigilância contínua e regulamentação mais rígida em torno das atividades de inteligência e informação.

