No panorama da tecnologia governamental, algumas nações estão se movendo a passos largos em direção à modernização, enquanto outras ainda lutam com as amarras do passado. Um exemplo é o Japão, quase três décadas após o pico de popularidade do disquete, que agora celebra o fim do uso deste dispositivo de armazenamento em repartições públicas.
Essa mudança evidencia um marco significativo na jornada de digitalização das operações no país, conhecido tanto por suas inovações quanto por seus vestígios de tecnologia antiga, como fax e máquinas copiadoras que ainda eram encontradas em muitas dependências governamentais até recentemente. Em uma declaração surpreendente de 2018, o próprio ministro de cibersegurança japonês revelou que nunca havia utilizado um computador. Essa postura ilustra o atípico cenário tecnológico do país.
Por Que o Japão Demorou a Abrir Mão do Disquete?

O percurso para erradicar os disquetes não foi fácil. Durante muito tempo, esses dispositivos permaneceram como ferramenta exigida para o envio de documentos ao governo, envolvidos em mais de mil procedimentos burocráticos. Esse apego ao formato físico era justificado pela percepção de segurança e estabilidade que os dispositivos ofereciam, apesar da existência de alternativas mais modernas como CDs, DVDs, USBs e a própria computação em nuvem.
Qual Foi o Momento Decisivo para a Eliminação dos Disquetes?
O cenário começou a mudar com a criação da Agência Digital do Japão e a nomeação de Taro Kono como Ministro de Transformações Digitais, em 2022. Declarando uma “guerra” aos métodos antigos, como o uso dos disquetes e das máquinas de fax, Kono encabeçou uma campanha agressiva para modernizar a infraestrutura tecnológica do governo. Em janeiro deste ano, o governo finalmente cessou a exigência de mídias físicas para a emissão de documentos de cidadãos, marcando um progresso significativo na transformação digital do país.
As Consequências da Transformação Digital no Japão
- Aceleração dos processos governamentais;
- Redução de custos com suprimentos e equipamentos obsoletos;
- Maior segurança e eficácia na gestão de informações.
Portanto, essas mudanças não apenas trazem economia e eficiência operacional, como também impulsionam o Japão de volta à linha de frente da inovação tecnológica, alinhando suas práticas governamentais com sua reputação global como líder em tecnologia. Em 27 de junho, Taro Kono celebrou no Twitter essa conquista significativa, proclamando: “Vencemos a guerra contra os disquetes”.
Agora, com o abandono total dos disquetes e a iminente proibição do fax prevista para 2026, o Japão está definitivamente posicionado para embarcar em uma nova era de eficiência digital em toda a sua gestão pública. Esse é um lembrete fascinante de como a evolução tecnológica pode reformular práticas tradicionais, mesmo em contextos tão arraigados quanto os de uma nação.