Você vai entender aqui por que o INSS passa a exigir biometria facial ou digital para quem pede aposentadoria ou recebe BPC e como isso pode afetar seu benefício. Explico de forma direta o objetivo da medida — combater fraudes —, a chegada da Carteira de Identidade Nacional (CIN) como documento federal unificado, quem pode ficar isento, como fazer o agendamento e a coleta, e o que fazer para não perder pagamentos durante a transição, com atenção especial a quem mora em áreas remotas.
- INSS vai exigir biometria facial ou digital para aposentadoria e BPC
- Objetivo: reduzir fraudes e aumentar a segurança dos pagamentos
- CIN será a identificação federal unificada, usando o CPF como chave
- Haverá período de transição e exceções para grupos vulneráveis e áreas remotas
- Beneficiários devem agendar coleta e levar documento com foto para obter a CIN
INSS começa a exigir biometria facial ou digital para quem pedir aposentadoria ou BPC — o que muda?
A partir das datas definidas, quem pedir aposentadoria ou BPC terá de apresentar biometria — facial ou digital. Isso altera como você comprova identidade e pode acelerar ou travar um pedido, dependendo da sua preparação.
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O que muda com a exigência de biometria no INSS e no BPC
A identificação passará a ser feita com dados biométricos. Em vez de depender apenas de documentos, será necessário ter digital ou foto facial cadastrada. Para quem já recebe, haverá período de transição; para novos pedidos, a exigência será aplicada de forma gradual.
Por que o governo decidiu implementar a biometria
A intenção é reduzir fraudes, pagar com mais segurança e unificar a identificação. Com biometria, fica mais difícil criar cadastros falsos ou sacar benefício por outra pessoa. A meta é centralizar tudo na Carteira de Identidade Nacional (CIN).
A biometria vale para todos os tipos de benefícios?
Sim — a medida abrange diversos benefícios federais, mas a aplicação será progressiva, com prazos diferentes e exceções previstas para grupos vulneráveis.
Linha do tempo: os prazos para a implementação da biometria
A transição foi dividida em etapas para evitar surpresas e dar tempo para adaptação.
- 21 de novembro de 2025: início da obrigatoriedade para novos solicitantes. Documentos antigos ainda serão aceitos temporariamente.
- 1º de maio de 2026: programas sociais como Bolsa Família entram no calendário com regras mais rígidas.
- 1º de janeiro de 2027: renovação de benefícios exigirá cadastro biométrico atualizado.
- 1º de janeiro de 2028: etapa final da transição; quem não regularizar pode enfrentar bloqueios.
- Pedidos feitos até 30 de abril de 2026 terão transição mais longa.
A CIN como documento central do processo
A Carteira de Identidade Nacional (CIN) será o documento principal, usando o CPF como chave e integrando a biometria ao registro. A CIN facilita a conferência eletrônica, tem QR Code e tecnologia parecida com passaporte, acelerando verificações.
Segurança ampliada e unificação de bases
Com biometria, o risco de saques indevidos e fraudes diminui. A CIN unifica dados que hoje estão espalhados por estados e órgãos, permitindo cruzamentos e redução de registros duplicados.
Cadastro biométrico obrigatório
A coleta de digitais e/ou reconhecimento facial passa a integrar o cadastro de muitos benefícios. Quem já tem biometria na CNH ou no título de eleitor pode ter esses registros aproveitados, mas a meta é consolidar tudo na CIN.
Quais benefícios serão afetados pela biometria
- Benefícios do INSS: aposentadorias, auxílios e pensões exigirão cadastro biométrico progressivamente.
- BPC (Benefício de Prestação Continuada): grupo prioritário — novos pedidos exigirão comprovação por biometria.
- Benefícios trabalhistas: seguro-desemprego e abono salarial terão checagens mais rígidas.
- Programas sociais: Bolsa Família e outros entram por fases para evitar exclusão.
Isenções: quem não precisará fazer biometria obrigatória (ou terá atendimento especial)
Nem todo mundo será obrigado de cara. Há exceções para proteger quem tem dificuldade de registrar.
Principais grupos isentos ou com tratamento especial:
- Pessoas com 80 anos ou mais.
- Migrantes, refugiados e apátridas (regras diferenciadas para não criar barreiras).
- Residentes no exterior (flexibilização prevista).
- Pessoas com mobilidade reduzida (atestado médico e atendimento especial).
- Moradores de áreas remotas ou atendidos pelo PrevBarco (mutirões e serviços móveis).
- Pedidos formulados até 30/04/2026 terão transição mais longa.
Como será o processo de adaptação para beneficiários atuais
Haverá notificações e prazos. O pagamento não será cortado automaticamente durante a transição: o governo comunicará por Meu INSS, Gov.br, Caixa Tem, SMS e correio. Acompanhe avisos e prazos para não ficar sem o benefício.
Atendimento em locais de difícil acesso
Haverá mutirões, serviços móveis e o PrevBarco para atender comunidades isoladas. Fique atento às datas divulgadas pelas prefeituras e pelo INSS.
O que muda no CadÚnico
O CadÚnico será cruzado com a CIN e a base biométrica, facilitando atualização de dados e evitando duplicidade. Você poderá ser chamado para atualizar sua ficha.
Como emitir a biometria e a CIN
O processo tem quatro passos simples:
- Agendamento: pelo portal Gov.br (se não tiver internet, peça ajuda no CRAS ou na Caixa).
- Documentos: leve RG, CPF e comprovante de residência; se tiver CNH ou título com biometria, leve também; em casos especiais, leve atestados médicos.
- Coleta biométrica: impressões digitais e/ou foto facial no posto credenciado.
- Recebimento: você recebe a CIN física e a versão digital no app Gov.br; o registro biométrico passa a constar no sistema.
Como essa medida impacta o combate a fraudes
A biometria dificulta que outra pessoa saque seu benefício. Com a CIN e bases unificadas, o governo consegue identificar cadastros duplicados ou falsos e reduzir desvios.
Críticas e desafios
Especialistas apontam riscos de exclusão de quem não tem acesso fácil a postos ou internet, preocupações com privacidade dos dados e qualidade da coleta em áreas remotas. Mais de 11 milhões ainda não têm registro biométrico, o que exige força-tarefa para evitar prejuízo a beneficiários.
Conclusão
O INSS vai exigir biometria (facial ou digital) para quem pedir aposentadoria ou BPC, com o objetivo de reduzir fraudes e centralizar a identificação na CIN. É uma mudança significativa, mas com prazos e etapas para adaptação: 21/11/2025, 01/05/2026, 01/01/2027 e 01/01/2028, com transição para pedidos até 30/04/2026. Existem isenções e atendimento especial para grupos vulneráveis; mesmo assim, é importante agir cedo: agende pelo Gov.br, leve documentos com foto e confirme seu cadastro no Meu INSS,
Perguntas frequentes
Quem precisa fazer biometria no INSS?
Quem pedir aposentadoria ou BPC. A exigência é progressiva e alcança outros benefícios e programas sociais.
Quando a biometria passa a ser obrigatória?
Início em 21/11/2025; novas regras em 01/05/2026; renovação obrigatória a partir de 01/01/2027; transição final em 01/01/2028. Pedidos até 30/04/2026 têm regras de transição.
O que acontece se eu não tiver cadastro biométrico?
Não haverá corte automático imediato. Você receberá notificações e prazos para se cadastrar; poderá perder o benefício se não regularizar até os prazos finais.
Como faço o cadastro biométrico e obtenho a CIN?
Agende pelo Gov.br, leve documento oficial com foto. Haverá coleta de impressões digitais e/ou biometria facial; depois você receberá a Carteira de Identidade Nacional.
Há isenções ou atendimento especial?
Sim. Pessoas com 80 anos, migrantes, refugiados, apátridas, residentes no exterior, com dificuldade de locomoção e moradores de áreas remotas têm regras especiais, PrevBarco e mutirões. Aceitação temporária de CNH ou título pode ser prevista.

