A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou recentemente o retorno da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (PHEIC, na sigla em inglês) para a mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos. Com um aumento alarmante de casos na República Democrática do Congo e em outros países africanos, a medida foi vista como necessária. A nova variante do vírus vem se espalhando rapidamente, levantando preocupações globais.
Inicialmente declarada em 2022, a emergência havia sido encerrada em maio do ano passado quando o surto parecia estar sob controle. No entanto, a situação mudou drasticamente. Dados recentes mostram mais de 14.000 casos e 524 mortes, sendo a nova cepa a principal responsável pela disseminação.
O que é mpox?
A mpox, originalmente chamada de varíola dos macacos, foi descoberta em 1958. Este nome foi atribuído porque a doença foi primeiramente identificada em primatas utilizados em pesquisas. No entanto, a principal forma de transmissão do vírus é entre roedores, e os humanos podem ser infectados através do consumo de carne, contato com animais mortos ou lesões causadas por eles.
Qual a situação da mpox no Brasil?
No Brasil, até o momento, a mpox tem sido monitorada de perto. Na última terça-feira, 13, um evento focou nas medidas preventivas a serem adotadas caso ocorra um aumento de casos no país. De acordo com o Ministério da Saúde, 709 casos foram registrados neste ano, com mais de 10.000 em 2023 e um total de 16 óbitos desde 2022.
Márcio Garcia, diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Demsp), comentou sobre a situação: “Estamos trabalhando com o princípio da precaução e atentos caso haja alguma alteração no cenário do Brasil”.
Como se propaga a mpox?
A mpox, além de ser transmitida por contato direto com animais ou consumo de carne contaminada, pode ser disseminada entre humanos através de:
- Contato próximo com pessoas infectadas;
- Contato com fluidos corporais ou lesões de pele;
- Objetos contaminados, como roupas de cama e toalhas.
Os sintomas da mpox incluem febre, dores de cabeça, dores musculares, e exaustão. A erupção cutânea geralmente começa no rosto e se espalha para outras partes do corpo como mãos e pés.
Como a OMS responde à emergência internacional?
A Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional é uma medida fundamental conforme o Regulamento Sanitário Internacional (RSI). Estabelecido em 2005, o regulamento busca prevenir e responder a graves riscos de saúde pública, coordenando ações globais. A declaração de emergência visa evitar que doenças se espalhem e afetem a população de maneira ainda mais grave.
Até hoje, esse status emergencial foi ativado sete vezes, incluindo as pandemias de gripe H1N1 (2009), Ebola (2013-2015 e 2018-2020), poliomielite (2014), Zika vírus (2016), Covid-19 (2020) e mpox (2022). Cada uma dessas emergências exigiu respostas rápidas e coordenadas para minimizar os impactos em nível global.
Como resultado da declaração, países ao redor do mundo trabalham em conjunto para desenvolver estratégias de contenção e tratamento eficazes. A colaboração internacional é essencial para combater a disseminação da mpox, principalmente considerando suas variadas formas de transmissão.
Em resumo, a mpox representa uma ameaça significativa à saúde global, destacando a importância da vigilância contínua e da cooperação internacional. Com esforços coordenados, é possível conter a disseminação da doença e proteger populações vulneráveis.
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