A anunciada operação de revisão dos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) promete ser um dos grandes focos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva para o próximo ano. Antes mesmo do início formal deste pente-fino, agendado para agosto, já foram interrompidos ou suspensos aproximadamente 57.700 pagamentos, evidenciando uma economia substancial para os cofres públicos e uma rígida fiscalização contra fraudes e irregularidades.
Nesta primeira fase de fiscalização, que ainda não contou com a ampliação das investigações, o governo conseguiu bloquear um montante impressionante de cerca de R$ 750,85 milhões devidos a pagamentos indevidos. Essa medida preventiva mostra a seriedade e o comprometimento no combate às inconsistências e benefícios ilícitos.
O que muda com o novo pente-fino no INSS?

O ministro da Previdência, Carlos Lupi, estima que cerca de 800 mil pessoas serão convocadas a passar por uma nova perícia. Esse procedimento é crucial não apenas para a confirmação da necessidade dos benefícios, mas também para o planejamento orçamentário do ano seguinte. Detalhes dessa operação foram amplamente discutidos em uma reunião estratégica no final de julho, incluindo participações de altos escalões do governo, como o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e os ministros da Previdência, Fazenda e Casa Civil.
Como o governo planeja gerenciar os cortes de benefícios?
Segundo declarações recentes, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, destacou a possibilidade de editar uma medida provisória para dar suporte legal ao pente-fino. Essa revisão não só é esperada para recuperar um volume considerável de recursos, estimado em pelo menos R$ 25,9 bilhões para o orçamento de 2025, como também visa adequar as despesas à receita, numa tentativa de zerar o déficit público.
Quais são as consequências esperadas desta fiscalização?
Além do evidente impacto fiscal, com economia de bilhões prevista para os próximos anos, o pente-fino tem um forte componente social. Ao identificar e cessar pagamentos indevidos, o governo assegura que apenas os verdadeiramente elegíveis recebam os benefícios, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e as aposentadorias por invalidez. Esta medida, além de promover justiça, otimiza a distribuição dos recursos públicos.
- Suspensão temporária de benefícios: Pode ser revertida se as irregularidades forem descartadas.
- Cessação definitiva de pagamentos: Casos em que as irregularidades são comprovadas.
- Economia para o governo: Redução de despesas facilitando a gestão fiscal.
Essa revisão meticulosa não apenas ajudará na estabilização financeira do país, como também promoverá uma maior transparência e eficiência na gestão dos recursos públicos destinados à Previdência Social. Certamente, os cidadãos acompanham de perto as desenvolturas desta operação, esperando que o equilíbrio e a justiça prevaleçam.