Em uma manobra significativa na Câmara dos Deputados, o grupo de trabalho responsável pela reforma tributária divulgou um substitutivo que amplia o alcance do Imposto Seletivo.
Agora abrangendo não apenas produtos tradicionalmente taxados mas também veículos elétricos e apostas esportivas.
Este movimento indica uma mudança considerável no sistema de tributação nacional.
A exclusão dos caminhões deste novo regime tributário gerou um burburinho, uma vez que o Brasil, pelo seu forte dependência do transporte rodoviário, viu a necessidade de ajustar a abordagem tributária para essa categoria.
Com estas mudanças, questões ambientais e de saúde pública entram em pauta, realçando a intenção de desincentivar o uso de produtos e serviços considerados prejudiciais.
O que muda com a inclusão de carros elétricos e apostas na nova tributação?

A alteração na política tributária sobre os carros elétricos surge de uma análise sobre o impacto ambiental da produção destes veículos.
Apesar de serem promovidos como alternativas mais limpas por não utilizarem combustíveis fósseis, os materiais e processos envolvidos na fabricação destes automóveis também possuem consequências para o meio ambiente.
Por outro lado, a inclusão das apostas esportivas no rol de produtos tributados pelo chamado “imposto do pecado” evidencia uma tentativa de regular um setor que cresce a cada ano no Brasil.
Portanto, a medida visa não apenas aumentar a arrecadação. Mas também ordenar um mercado que movimenta grandes quantias financeiras e que possui implicações sociais profundas.
Como a reforma tributária pretende simplificar o sistema de impostos no Brasil?
O principal objetivo deste reforma é, portanto, a implementação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Que unificará diversos tributos, simplificando o sistema tributário e aumentando sua eficiência.
Essa proposta é parte de uma PEC aprovada pelo Congresso Nacional e está prevista para entrar em vigor até 2033.
Portanto, com a unificação, o Brasil passará de cinco tributos sobre o consumo para apenas dois principais.
A CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços).
Dessa forma, a mudança pretende reduzir a complexidade e o custo de conformidade para empresas e contribuintes.
Além de potencialmente aumentar a receita por meio de maior compliance.
Quais são os próximos passos para a efetivação da reforma?
Além dos textos já encaminhados ao Congresso, ainda há detalhes a serem trabalhados em projetos complementares e ordinários.
Estes textos abordarão desde a regulação precisa de cada tributo até a gestão do novo sistema, incluindo transições e compensações necessárias para ajustar o país à nova realidade fiscal.
- IBS e CBS: Gestão e regulamentação detalhada.
- Comitê Gestor: Definição e formatação de um comitê para gerenciar a transição.
- Fundo de Desenvolvimento Regional: Organização financeira para compensar benefícios fiscais.
Com essas mudanças, o substitutivo da reforma tributária promete não apenas modificar forma como os impostos são aplicados, mas também influenciar comportamentos, favorecendo práticas mais sustentáveis e um mercado de apostas mais regulado.
Esta é uma revisão crucial na maneira como o Brasil lida com a tributação e seus impactos socioeconômicos.