O Ministério da Fazenda anunciou que a previsão do salário mínimo para 2025 será de R$ 1.509. Este novo valor constará na proposta orçamentária do próximo ano, que será enviada ao Congresso Nacional no dia 31 deste mês. Atualmente, o piso salarial é de R$ 1.412. O aumento faz parte das mudanças macroeconômicas e o impacto da inflação prevista.
Anteriormente, a estimativa para o salário mínimo de 2025 era de R$ 1.502, como consta no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025. No entanto, foi revisado para refletir a nova expectativa econômica do governo.
Para Quanto Pode Ir o Salário Mínimo em 2025?
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Com a atualização da previsão, o salário mínimo em 2025 deverá ser de R$ 1.509. Este reajuste reflete um aumento de 6,87% em comparação ao valor atual de R$ 1.412. A implementação do novo salário será oficializada no dia 1º de janeiro, porém os pagamentos começarão a ser feitos em fevereiro.
Por Que o Governo Decidiu Mudar a Previsão do Salário Mínimo para 2025?
O reajuste na previsão do salário mínimo se deve a mudanças nas questões macroeconômicas, como a previsão da inflação. A estimativa do governo para a inflação acumulada até o final de 2024 é de 3,65%. Este valor é um dos componentes utilizados no cálculo do salário mínimo, que também considera o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores.
Como é Feito o Cálculo do Salário Mínimo?
O cálculo do salário mínimo segue a nova regra de valorização, que leva em conta:
- Crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nos dois anos anteriores
- Inflação acumulada dos últimos 12 meses até novembro, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)
Para 2025, o governo espera que o INPC atinja um acumulado de 3,65%, o que justifica o reajuste para R$ 1.509. Em 2026, a previsão é que o piso seja de R$ 1.595, seguido de R$ 1.687 em 2027 e R$ 1.783 em 2028.
Qual o Impacto do Aumento do Salário Mínimo nos Gastos Públicos?
Cada aumento de R$ 1 no salário mínimo resulta em um acréscimo de mais de R$ 350 milhões nos gastos públicos. Isso ocorre porque muitos benefícios, como aposentadorias e pensões, estão atrelados ao valor do piso salarial. Pressionado para reduzir os gastos, o governo chegou a considerar a desvinculação de alguns benefícios do salário mínimo. Entre os benefícios mencionados estão:
- Abono salarial
- Seguro-desemprego
Segundo a ministra do Planejamento, Simone Tebet, essa medida poderia gerar economias significativas nos próximos anos. Contudo, a proposta ainda está sendo debatida internamente e não há uma decisão final a respeito.
As revisões periódicas do salário mínimo são essenciais para ajustar o poder de compra da população e garantir que os trabalhadores possam lidar com as variações econômicas. A expectativa para os próximos anos segue uma tendência de valorização gradual, observando as variáveis econômicas e sociais.