Você vai ler sobre pessoas que ficaram gravemente doentes depois de consumir bebidas adulteradas com metanol. São histórias de internação, perda de visão e morte. A reportagem mostra quem são as vítimas e como as autoridades estão investigando. Fique atento ao risco e saiba o que pode acontecer se você consumir bebidas de procedência duvidosa.
Nota: casos de produtos adulterados em circulação têm sido registrados em outras categorias, o que reforça a necessidade de atenção ao comprar qualquer item de procedência duvidosa — inclusive combustíveis e outros bens de consumo relatados em reportagens sobre adulteração de produto.
Você precisa saber: surto de metanol em SP registra casos graves e mortes
O estado de São Paulo notificou 25 casos de intoxicação por metanol ligados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, 18 casos estão em investigação e 7 foram confirmados. Cinco pessoas morreram; uma morte já foi comprovadamente associada à bebida adulterada e outras quatro seguem sob apuração.
O que ocorreu nos casos noticiados
Relatos apontam que vítimas consumiram gin, vodca e whisky antes de adoecer. Há registros de hospitalizações graves, perda de visão e coma. Entre os casos:
- Um jovem de 28 anos está em coma desde 1º de setembro após beber gin com amigos.
- Uma mulher perdeu a visão depois de tomar caipirinhas feitas com vodca em um bar de área nobre; o estabelecimento foi interditado e cerca de 100 garrafas suspeitas foram apreendidas.
- Uma jovem de 30 anos foi intubada depois de consumir um combo de vodca em um show.
- Um homem de 31 anos entrou em coma após ingerir whisky levado a uma festa e sofreu pneumonia, falência renal e AVC, com perda de visão.
- Um empresário de 45 anos comprou uma garrafa em adega, acordou desorientado e sem visão, evoluiu para paradas cardiorrespiratórias; o metanol foi indicado no atestado de óbito.
Como o metanol age no seu corpo
O metanol é um álcool usado em processos industriais. Quando ingerido, o fígado o converte em metabólitos muito tóxicos que atacam o sistema nervoso central e o nervo óptico. Consequências possíveis: perda da visão, coma, falência respiratória, insuficiência renal e morte. Não existe teste caseiro confiável para detectar metanol em bebidas; apenas exames laboratoriais confirmam a contaminação. Para informações técnicas e orientações, veja informações científicas sobre intoxicação por metanol.
Dados toxicológicos e recomendações clínicas também estão disponíveis em fontes internacionais sobre manejo do metanol, úteis para profissionais de saúde: dados toxicológicos e manejo clínico do metanol.
O que as autoridades e familiares relatam
As autoridades de saúde divulgaram os números do surto e informaram que as investigações continuam. Identidades formais das vítimas não foram liberadas, mas veículos de imprensa localizaram familiares. Em diversos locais, a polícia apreendeu estoques de bebidas que passam por perícia para rastrear a origem e confirmar ligações entre os casos — procedimentos semelhantes aos adotados em apurações envolvendo fraudes em produtos alimentícios investigadas por órgãos de vigilância.
Se você consumiu bebida suspeita
Se após beber você apresentar visão embaçada, dor intensa, falta de ar, náusea, vômito ou desorientação, procure atendimento médico imediatamente. Os sintomas podem aparecer horas após a ingestão. Informe ao médico a suspeita de intoxicação por metanol e, se possível, leve a garrafa e a nota fiscal.
Ao buscar ajuda ou informações pela internet, mantenha cuidado redobrado: golpistas usam mensagens e links falsos para explorar vítimas e facilitar fraudes — esteja atento a pedidos de dados pessoais ou transferências via aplicativos como o WhatsApp que relatam golpes de clonagem e roubo.
Como se proteger ao comprar e consumir bebidas
- Compre em lojas confiáveis e exija nota fiscal.
- Desconfie de preços muito baixos, lacres violados ou garrafas abertas.
- Evite bebidas de procedência desconhecida ou oferecidas em situações informais.
- Em caso de suspeita, não consuma e comunique as autoridades locais.
Consulte as orientações da Anvisa sobre bebidas adulteradas para saber como agir ao identificar produtos suspeitos.
Casos de produtos falsificados em diferentes segmentos alertam para a necessidade de preferência por estabelecimentos regulamentados e por fabricantes reconhecidos como mostram apurações sobre itens falsificados. Além disso, desconfie de ofertas que chegam por links ou promoções enviadas por mensagens — a circulação de links falsos tem enganado muitas pessoas e facilitado fraudes em campanhas de desinformação e golpes.
Perguntas frequentes
- Você corre risco ao consumir gin, vodca ou whisky adulterados em São Paulo?
Sim. Há risco grave: metanol pode causar cegueira, coma e morte. Casos foram confirmados no estado. - Como saber se a bebida está adulterada?
É difícil perceber a olho nu. Só exame laboratorial detecta metanol. Desconfie de preço muito baixo, selo rompido ou cheiro estranho. - Quais são os sintomas da intoxicação por metanol?
Dor de cabeça, náusea, vômito, visão turva ou perda de visão, falta de ar e confusão. Os sinais podem surgir horas depois. - O que fazer se eu ou alguém passar mal após beber?
Procure o pronto-socorro imediatamente. Avise que pode ser intoxicação por metanol. Leve a garrafa e a nota fiscal se tiver. Para casos comuns de ressaca, existem orientações gerais sobre recuperação, mas nada substitui assistência médica em suspeita de envenenamento e dicas sobre alívio de ressaca. - Como me proteger ao comprar e consumir bebidas em SP?
Compre em lojas confiáveis, exija nota fiscal e prefira marcas conhecidas. Evite ofertas suspeitas e garrafas com lacre violado.
