Esta semana promete ser crucial para muitos aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O Supremo Tribunal Federal (STF) volta a julgar uma ação importantíssima que pode afetar a vida de mais de 100 mil pessoas, impactando diretamente o valor de suas aposentadorias.
Em julho de 2023, existiam mais de 121 mil processos de revisão da vida toda das aposentadorias do INSS. Esses processos foram suspensos por uma decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, atendendo a um pedido do próprio INSS. Essa decisão frustrou muitos segurados que esperavam um reajuste salarial baseado em seus melhores períodos contributivos.
Novo julgamento do STF sobre a revisão da vida toda

Agora, a expectativa gira em torno de um novo julgamento marcado para o dia 20 de setembro de 2024. Nesta data, os ministros do STF devem analisar ações movidas pela CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e pelo Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários). Essas entidades querem que o STF reconsidere sua decisão anterior e:
- Mantenha o entendimento que permite a revisão da vida toda;
- Ou, ao menos, garanta a correção para aqueles que já entraram com ação na Justiça.
A decisão final sobre este julgamento deve ser anunciada até o dia 27 de setembro de 2024.
O que é a revisão da vida toda e como ela impacta a aposentadoria do INSS?
A revisão da vida toda é um conceito que surgiu a partir de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que questionou o cálculo de aposentadorias e pensões no INSS. A reforma da Previdência de 1999 mudou o cálculo, desconsiderando as contribuições feitas até julho de 1994.
De acordo com essa ADI, desconsiderar as melhores contribuições anteriores a 1994 prejudica o segurado. A proposta seria permitir que aposentados e pensionistas que já recebem benefício do INSS há no máximo 10 anos pudessem solicitar o recálculo, incluindo essas contribuições.
Como pode ser a decisão do STF na revisão da vida toda?
A decisão de março de 2024 do STF foi uma ducha de água fria para muitos segurados. O tribunal decidiu que o segurado não pode optar pelo cálculo mais favorável e que as regras de 1999 são constitucionais. Isso significa que a chamada revisão da vida toda foi barrada.
No entanto, as novas ações movidas pela CNTM e pelo Ieprev trazem esperança a muitos. Se a decisão do STF mudar, muitos aposentados poderão finalmente recalcular seus benefícios, potencialmente recebendo valores mais altos.
Para muitos aposentados, essa decisão representa não apenas uma questão financeira, mas também uma questão de justiça. Afinal, as contribuições feitas ao longo da vida profissional deveriam ser reconhecidas e valorizadas.
Resta agora aguardar o julgamento do dia 20 de setembro e a consequente decisão até o dia 27 de setembro de 2024. A tensão e expectativa são grandes, mas a esperança de um desfecho favorável mantém muitos aposentados e pensionistas otimistas.