A situação econômica global permanece tensa à medida que grandes potências como Estados Unidos, França e Itália enfrentam projeções de elevação contínua em seus níveis de dívida. Segundo um recente relatório divulgado pela S&P Global, essa tendência de crescimento do endividamento não mostra sinais de abrandamento nos próximos anos, mesmo com as iminentes eleições em várias dessas nações.
As eleições previstas para ocorrer em países como EUA, Reino Unido e França trazem consigo promessas de melhorias econômicas e ampliação dos serviços sociais. No entanto, a agência de classificação de crédito S&P Global alerta que, apesar dessas promessas, a estabilização das dívidas dessas grandes economias parece improvável no atual cenário político e econômico.

Escritório da S&P Global em Nova York (Foto: Brendan McDermid/Reuters)
Por que as Dívidas das Grandes Economias Não Devem Estabilizar?
No reporte mais recente, a S&P Global estima que os déficits primários dos países como EUA, Itália e França precisariam ser significativamente reduzidos — mais de 2% do PIB — para que houvesse uma estabilização nas dívidas. No entanto, dada a fase dos ciclos eleitorais em que esses países se encontram, uma austeridade econômica mais severa é considerada pouco provável.
Impactos da Política no Endividamento
O documento da S&P sugere que somente uma forte deterioração nas condições de financiamento poderia empurrar essas nações a adotar medidas mais drásticas de ajuste fiscal. Neste momento, os governos do G7 parecem focados em manter políticas que apoiem a recuperação econômica pós-pandemia, mesmo que isso signifique aumentar os níveis de dívida.
Quais Seriam as Consequências de uma Dívida Crescente?
O aumento contínuo do endividamento pode levar a várias consequências econômicas a longo prazo, incluindo pressões inflacionárias e a diminuição da confiança dos investidores. Uma dívida elevada também pode restringir a capacidade dos governos de implementar políticas fiscais reativas em tempos de crise econômica ou desaceleração.
- Pressão Inflacionária: Com mais dívida, os governos podem ser forçados a imprimir mais dinheiro, o que pode aumentar a inflação.
- Confiança dos Investidores: Níveis elevados de dívida podem fazer com que os investidores questionem a viabilidade fiscal de um país, impactando negativamente os mercados financeiros.
- Restrição de Políticas Fiscais: Uma grande carga de dívida pode limitar a flexibilidade dos governos para responder a novos desafios econômicos.
Em resumo, enquanto as nações do G7, incluindo EUA, Itália e França, continuam a navegar por seus ciclos eleitorais com promessas de melhorias econômicas e sociais, a S&P Global adverte sobre a improbabilidade de uma estabilização da dívida nessas economias no curto prazo. A gestão fiscal e as decisões políticas nos próximos anos serão cruciais para definir o futuro econômico desses países.