Apesar de uma safra reduzida, a exportação de soja do Brasil apresentou um crescimento no primeiro semestre de 2024, alcançando 64,15 milhões de toneladas. Este aumento de 2,23% em comparação ao mesmo período do ano anterior revela a robustez do setor agrícola brasileiro frente aos desafios climáticos enfrentados durante o período de cultivo.
Os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) destacam que somente em junho, foram embarcadas 13,95 milhões de toneladas de soja, superando as cifras do mesmo mês em 2023. Esses números são cruciais para entender a dinâmica do mercado internacional de grãos e as posições estratégicas do Brasil.

Soja sendo carregada em caminhão 04/07/2024 REUTERS/Jorge Adorno
Quais foram os fatores que impulsionaram as exportações?
Mesmo com uma queda na produção de soja – estimada pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) em 152,5 milhões de toneladas, contra 160,3 milhões na safra anterior – o Brasil conseguiu manter um ritmo forte de exportações. A resiliência do setor pode ser atribuída a uma série de fatores estratégicos, incluindo a diversificação dos mercados e melhorias na logística de transporte.
Impacto nas exportações de milho
Paralelamente à soja, a produção de milho também enfrenta desafios. O volume exportado de milho no primeiro semestre de 2024 foi de 8,35 milhões de toneladas, representando uma queda de 28,2% em relação ao ano anterior. A redução no volume de exportações de milho reflete não apenas questões climáticas adversas, mas também um aumento na competição internacional, especialmente por parte da Argentina.
Previsões para o segundo semestre de 2024
Olhando para os próximos meses, a Anec projeta uma desaceleração no volume de soja exportada, esperando cerca de 9,5 milhões de toneladas em julho. A expectativa é que o Brasil exporte aproximadamente 33,65 milhões de toneladas de soja no segundo semestre. Para o milho, as projeções apontam para 33,75 milhões de toneladas, conforme análise da Agroconsult.
Contudo, a demanda global por alimentos e a posição do Brasil como líder na exportação de soja sustentam uma visão cautelosamente otimista para o agronegócio nacional. As variáveis climáticas continuam sendo um fator determinante que merece atenção constante dos produtores e exportadores brasileiros.
- Evolução das exportações de soja e milho até junho de 2024.
- Impacto da variação climática sobre as safras.
- Expectativas e projeções para o mercado nos próximos meses.
Com esses insights, o mercado agrícola se mantém vigilante, adaptando estratégias para assegurar sua posição na vanguarda do comércio global de grãos, enquanto busca mitigar os impactos das adversidades climáticas que têm marcado a safra de 2024.