A Golden Cross, uma conhecida operadora de planos de saúde, solicitou a suspensão da venda de novos produtos perante a Agência Nacional de Saúde Suplemental (ANS).
Este pedido, que foi prontamente aprovado, afeta 9 produtos adicionais no catálogo da empresa, a partir do dia 22 de julho. Importante ressaltar que, embora a venda de novos contratos seja suspensa, os clientes atuais não serão afetados, mantendo seus planos intactos.
Essa decisão segue um movimento anterior onde, no início do mesmo mês, a ANS concedeu à Golden Cross permissão para suspender a venda de 114 dos 143 produtos que tinha disponíveis. Com ambos os pedidos, a operadora calcula manter apenas 20 planos ativos.
Entre os planos que continuarão disponíveis, três são de cobertura médico-hospitalar e 17 são exclusivamente odontológicos.
Por que a Golden Cross optou por suspender as vendas?

A política de suspensão não é algo novo no mercado de seguros e planos de saúde.
Sob condições específicas, uma operadora pode optar por esta ação como um meio de reestruturar seu portfólio.
No caso da Golden Cross, a suspensão veio como parte de um plano maior de reestruturação, incentivado também pela recente parceria com a Amil.
Impactos dessa estratégia para os consumidores
Ao suspender a venda de novos planos, a Golden Cross argumenta que essa estratégia é essencial para preservar a qualidade dos serviços já prestados aos beneficiários atuais.
Essa decisão, embora drástica, visa preventivamente evitar a sobrecarga dos serviços. O que poderia ocorrer devido ao crescimento inesperado na demanda, influenciado por epidemias e outras questões de saúde pública.
Qual a visão de mercado sobre a suspensão de vendas pela Golden Cross?
Diogo Moreira Carneiro, consultor e professor na Fipecafi, destaca que é incomum uma empresa solicitar a paralisação na venda de seus produtos.
No entanto, dada a crescente pressão sobre os recursos do sistema de saúde — potencializada por novas doenças e surtos — essas ações se tornam necessárias para garantir a não queda na qualidade do atendimento.
Juliana Teixeira Barreto, advogada especializada no setor de saúde, concorda e adiciona que a medida é necessária para adaptar os serviços às necessidades atuais e futuras dos consumidores.
Garantindo, dessa forma, a sustentabilidade das operações a longo prazo.
Enquanto essa medida pode parecer limitante a princípio, ela abre espaço para aprimoramentos que beneficiarão todos os envolvidos a médio e longo prazo.
Garantir qualidade e acessibilidade continua sendo um desafio no setor de saúde, e medidas como a tomada pela Golden Cross são reflexos desse compromisso contínuo.