O Rio Grande do Sul passou por uma sequência de eventos climáticos extremos nos últimos meses, que desencadearam uma série de desastres naturais.
Este cenário catastrófico deixou um rastro de destruição em diversos municípios, afetando dramaticamente a vida de milhares de pessoas.
No levantamento mais recente divulgado pelo MapBiomas, uma coalizão de universidades, ONGs e companhias de tecnologia especializadas na análise de dados via imagens de satélite, revelou-se que aproximadamente 60% dos municípios do estado foram afetados.
Os detalhes e números dessa catástrofe começam a desenhar um quadro preocupante sobre a resiliência e infraestrutura urbanas frente aos desafios climáticos.
Continue lendo para entender o futuro da região. Boa leitura!
Quais Áreas Foram Mais Atingidas no Rio Grande do Sul?
Os números são alarmantes: 298 dos 497 municípios gaúchos sofreram com os temporais.
Além disso, mais de um quarto deles teve disrupturas significativas, com pelo menos 10% do território afetado gravemente por deslizamentos e inundações.
Algumas áreas, como Nova Santa Rita e Esteio, tiveram mais da metade de seu território comprometido.
Como Foram Realizados os Estudos sobre os Desastres?
A análise feita pelo MapBiomas incluiu imagens captadas por sensores óticos e de radar.
E elas são essenciais para a obtenção de dados mesmo em condições adversas, como durante a cobertura de nuvens.
Essa tecnologia permitiu aos pesquisadores comparar as últimas imagens com as de arquivos anteriores, identificando assim as extensões dos danos causados pelos temporais de forma mais precisa.
Impacto nos Centros Urbanos e na Agricultura
Além dos danos observados nas áreas rurais, os centros urbanos não foram poupados.
Cidades importantes como Porto Alegre viram uma parcela considerável de suas áreas urbanizadas serem afetadas, impactando diretamente na vida urbana e na economia local.
No que diz respeito à agricultura, crucial para a economia do estado, o levantamento aponta que mais de um milhão de hectares foram atingidos, comprometendo significativamente a produção agrícola.
- Eldorado do Sul foi a cidade mais afetada em termos percentuais, com quase dois terços de seu território urbano devastado.
- Em Porto Alegre, 14,5% da área urbanizada sofreu com as adversidades, colocando em risco infraestruturas vitais.
É de extrema importância que esses dados sejam utilizados para reformular as políticas de gestão territorial e de resposta a desastres no Rio Grande do Sul.
A recorrência e a intensidade desses eventos climáticos extremos evidenciam a necessidade urgente de adaptar as estruturas urbanas e rurais para serem mais resilientes.
Além disso, esses eventos servem como um lembrete sombrio das alterações climáticas que estão a afectar o planeta, exigindo ações concretas e imediatas para mitigar seus impactos futuros.
