Você vai ver como o iFood quer se transformar em um banco comercial completo em poucos anos. O alvo é começar a receber depósitos em breve e depois oferecer investimentos e crédito imobiliário, integrando serviços financeiros ao ecossistema do app para beneficiar restaurantes e clientes.
iFood quer se tornar banco comercial completo em três anos
O iFood pretende transformar seu braço financeiro em um banco comercial nos próximos três anos. A empresa planeja pedir ao Banco Central a licença para oferecer depósito remunerado já em 2026 e, em seguida, ampliar produtos para investimentos e crédito imobiliário.
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Plano e prazos
Segundo o CEO Diego Barreto, o pedido de licença ao regulador será o primeiro passo em 2026. A meta é começar a receber depósitos no ano seguinte e, em até três anos, operar como um banco completo, com serviços além do crédito para restaurantes.
Atuação atual e linha de crédito
O iFood atua como fintech desde 2022, com foco em crédito para pequenos e médios restaurantes. Desembolsos médios chegam a R$ 160 milhões por mês, com previsão de cerca de R$ 2 bilhões liberados em 2025. No curto prazo o foco segue nos restaurantes; a expansão para pessoas físicas ocorrerá de forma gradual, dentro do ecossistema da plataforma.
Integração entre mundo online e físico
A empresa amplia presença no espaço físico dos restaurantes. Em várias cidades, estabelecimentos conseguem identificar clientes pelo telefone ou cartão. No app há a função Comer fora, com ofertas e cashback para consumo no salão — já em dez cidades — que busca aumentar o fluxo presencial e fortalecer a capacidade de concessão de crédito.
Concorrência e exclusividade
Com a volta da 99Food e a chegada da Keeta, a disputa por mercado aumenta. O iFood afirma que não pretende entrar na briga jurídica sobre exclusividade entre rivais. A empresa defende exclusividade apenas quando há investimento ligado a um plano de crescimento concreto (abertura de unidades, dark kitchens); exclusividade baseada apenas em pagamento não é considerada positiva.
Inovação e tecnologia
A inovação é pilar estratégico. O iFood lançou o Ailo, produto de inteligência artificial generativa, para melhorar recomendações. A empresa investe em um Large Commerce Model (LCM) com 32 bilhões de parâmetros e treinamento que envolve trilhões de unidades de dados. O investimento previsto é de R$ 17 bilhões em 2025 e superior a R$ 20 bilhões em 2026.
Conclusão
O iFood quer se transformar em um banco comercial completo nos próximos três anos, com depósitos, investimentos e crédito imobiliário — começando pelo pedido de licença em 2026. Para restaurantes, a mudança promete contas digitais, mais crédito e integração entre o presencial e o app. Para consumidores, pode significar mais conveniência e produtos financeiros atrelados ao dia a dia do pedido. A aposta é forte em tecnologia (Ailo e LCM) e na sinergia entre online e físico.
Perguntas frequentes
Como e quando o iFood vai virar banco comercial completo?
A empresa pretende pedir licença ao Banco Central em 2026 e, em até três anos, operar como banco completo.
O que muda para os restaurantes?
Contas digitais com depósitos remunerados, mais crédito e ofertas integradas no app.
Pessoas físicas vão poder usar já no começo?
Não de imediato. O foco inicial é atender restaurantes; depois ampliar para consumidores dentro do ecossistema.
Quais produtos financeiros o iFood pretende oferecer?
Depósito remunerado, investimentos e crédito imobiliário, além de serviços ligados ao ecossistema do app.
Isso vai causar guerra de preços ou exclusividade?
O iFood afirma que prefere focar em experiência e sinergia, não em preços; exclusividade é aceita apenas quando existe investimento e plano de crescimento real.

