Acreditar em uma civilização perdida na Amazônia que existiu há 600 milhões de anos pode parecer fascinante, mas é totalmente desprovido de qualquer embasamento científico. Recentemente, rumores sobre Ratanabá, uma suposta metrópole escondida no coração da floresta amazônica, inundaram as redes sociais. Essas narrativas alegam que Ratanabá teria sido uma cidade grandiosa, cheia de ouro e avançadas tecnologias.
Entretanto, especialistas rapidamente desmentiram essas afirmações, apontando erros históricos e geológicos gritantes. Eduardo Goés Neves, destacado arqueólogo e professor no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, é uma voz crucial nesse debate. Sua experiência como arqueólogo que há mais de 30 anos explora a região é fundamental para entendermos a verdadeira história da Amazônia.

Por que as teorias sobre Ratanabá são infundadas?
O principal ponto que chama a atenção dos especialistas é a ilegalidade da datação dessas teorias. Alegar que uma civilização existiu nesses termos há 600 milhões de anos ignora fatos básicos sobre a evolução biológica e geológica do nosso planeta. Nossos ancestrais mais diretos, os homo sapiens, surgiram na África há cerca de 350 mil anos, tornando impossível a presença humana na época sugerida.
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Quais foram as verdadeiras metrópoles da antiguidade?
Outro equívoco divulgado é o suposto tamanho gigantesco de Ratanabá, com comparações até mesmo com a Grande São Paulo. Neves explica que, mesmo nos centros mais povoados da antiguidade, como Istambul ou Tenochtitlán, o número de habitantes não ultrapassava 200 mil – um dado que contrasta fortemente com os milhões atribuídos à Ratanabá.
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Existiram mesmo construções avançadas na Amazônia?
Fato interessante é que realmente existiram grandes sítios arqueológicos e estruturas na Amazônia, como estradas e até pirâmides na região boliviana da floresta. Estas construções datam de no máximo 2.500 anos atrás e são bem documentadas por meio de pesquisas recentes impulsionadas pelo uso de tecnologias como o Lidar.
As linhas retas e formas geométricas vistas em imagens aéreas da floresta, muitas vezes citadas como prova da existência de Ratanabá, são na verdade estruturas associadas a fortificações portuguesas do século 18 ou formações naturais bem conhecidas pelos estudiosos da região.
Em resumo, as notícias sobre uma misteriosa e deslumbrante civilização antiga na Amazônia mexem com a imaginação, mas não resistem a uma análise crítica. O passado da Amazônia é, sem dúvida, rico e complexo, marcado pela presença de povos indígenas que desenvolveram tecnologias adaptadas ao seu ambiente. Portanto, em vez de buscar civilizações fantásticas, vale mais a pena valorizar e estudar as culturas que realmente existiram e contribuíram para a história rica dessa região única.
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