Falar de previdência privada para aposentados pode parecer estranho à primeira vista. Afinal, estamos falando de um investimento pensado com antecedência para a velhice — e não quando já se está nela.
Porém, estudando o tema mais afundo, é possível descobrir que essa pode ser uma alternativa indispensável para quem não deixa de se preocupar com o futuro. E com a expectativa de vida aumentando, não é ilógico se preocupar com essas questões.
Se ao se aposentar aos 65 anos, há ainda 20 anos de rentabilidade pela frente, se considerar a pesquisa da Universidade de Washington, que afirma que até 2040, é possível que a expectativa de vida dos brasileiros aumente para 82,5 anos.
Sendo assim, vejamos a seguir maiores detalhes sobre a previdência privada para entendermos se vale a pena investir na mesma, ainda que aposentado.
Existem planos de previdência privada para aposentados?

Há, sim, bancos que oferecem planos de previdência privada para aposentados. Geralmente estes são pensados para promover resultados no longo prazo, e os idosos que investem neles, em sua maioria, pensam em deixar uma herança para seus familiares.
Quem já teve a oportunidade de acompanhar um processo de inventário de bens, sabe o quanto isso leva tempo e não sai nada barato. Por isso, investir na previdência ajuda a aliviar todo um aborrecimento nesse momento, e ainda garante outras vantagens que veremos a seguir.
Como a previdência privada para idosos funciona
As regras da previdência privada para aposentados não se difere daquelas contratadas por pessoas de outras faixas etárias. Dessa forma, os planos de previdência são divididos em dois tipos: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).
Para as pessoas idosas, os planos do tipo VGBL são mais recomendados, já que a tributação não incide sobre o total acumulado. É importante ter em mente que quando falamos de previdência para maiores de 65 anos, estaremos sempre focados na questão sucessória.
Nesse sentido, é preciso levar em consideração que o investimento será uma forma de reduzir a tributação e, ao mesmo tempo, assegurar uma divisão mais justa dos bens. Até porque, toda herança no Brasil é tributada pelo ITCMD, o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação.
Devido à previdência, esse imposto é suprimido, deixando de consumir uma fatia que varia de 2% a 8%, dependendo do estado.
Quando contratar esse produto?
Imagine o seguinte cenário, você tem 80 anos e investe um valor na poupança para deixar para seus filhos e netos. Não é de hoje que sabemos que a poupança tem rendimentos muito baixos e, não raramente, ela rende abaixo da inflação dentro de um ano.
Em outras palavras, depositar dinheiro na poupança é o mesmo que guardar embaixo do colchão. Por isso, a previdência é indicada para idosos, que podem transferir o patrimônio acumulado ao longo de uma vida, garantindo maior rendimento.
Quem pensa no futuro dos seus descendentes com certeza tem na previdência privada para aposentados a melhor alternativa. Um plano VGBL, por exemplo, garante que todos recebam seus pagamentos após o falecimento do titular. Ou seja, é a maneira mais prática de assegurar um processo sucessório sem sustos e, acima de tudo, a um custo mínimo.