Recentemente, a pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) trouxe à luz o impacto significativo das condições climáticas nos preços da cesta básica em diversas capitais do Brasil. A elevação dos custos tem sido notória, com a cidade de Porto Alegre liderando este incremento após enfrentar severas chuvas.
No mês de maio, foi registrada uma alta considerável nos preços, especialmente do arroz, um item essencial na dieta dos brasileiros. Essa oscilação no mercado afetou diretamente o bolso dos consumidores, que agora enfrentam preços mais salgados ao fazer suas compras mensais nos supermercados.
Qual foi a capital com maior aumento no custo da cesta básica?

Em Porto Alegre, a situação foi a mais crítica, com um aumento de 3,33% no preço médio da cesta básica. Outras cidades como Florianópolis, Campo Grande e Curitiba também sentiram o impacto, com elevações que variaram de 2,04% a 2,50%. Curiosamente, algumas capitais apresentaram uma diminuição nos preços, com destaque para Belo Horizonte e Salvador, que registraram quedas de até 2,71%.
O que causou a elevação dos preços do arroz?
O aumento do preço do arroz, notado em 15 das capitais avaliadas, foi atribuído principalmente às inundações que afetaram a produção no Rio Grande do Sul, o maior produtor do grão no Brasil. A redução na oferta local elevou não apenas os preços domésticos, mas também levou à necessidade de importações, que aparentemente não foram suficientes para estabilizar o mercado.
Medidas emergenciais para contenção do aumento nos preços
Diante deste cenário, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) organizou um leilão para a compra de 263,3 mil toneladas de arroz importado, com o objetivo de diminuir os preços e garantir o abastecimento. Esta medida é uma tentativa de balancear o mercado e evitar que os preços continuem a escalar, pressionando ainda mais o custo de vida dos brasileiros.
Como São Paulo se compara com outras capitais?
Comparativamente, São Paulo manteve-se com a cesta mais cara entre as capitais, custando em média R$ 826,85. Os preços em Porto Alegre e Florianópolis, embora mais baixos, se mantiveram competitivos. Nas regiões Norte e Nordeste, os menores custos foram observados em Aracaju, Recife e João Pessoa, onde os preços são consideravelmente mais acessíveis.
Portanto, a pesquisa do Dieese é uma ferramenta crucial para entender como eventos externos, como as condições climáticas, podem influenciar diretamente a economia interna e o dia a dia dos consumidores. Apesar das adversidades, medidas estão sendo tomadas para assegurar que os impactos sejam minimizados, garantindo que todos tenham acesso a produtos básicos a preços justos.