Você vai ver como o aumento do crédito rotativo do cartão e a queda da pontualidade nas faturas estão ameaçando o seu bolso. Um estudo da Serasa Experian mostra menos gente pagando em dia, o que puxa o endividamento e a inadimplência para cima. O rotativo tem juros muito altos e vira uma bola de neve quando se paga só o mínimo. Pressão na renda, inflação, juros maiores, compras por impulso e falta de educação financeira pioram a situação. O texto também mostra como mulheres e certas regiões são mais afetadas e traz dicas práticas para sair do rotativo e proteger seu dinheiro.
- Queda na pontualidade das faturas sinaliza aumento do endividamento e risco de inadimplência
- Crédito rotativo tem juros altos e pode virar um ciclo difícil de sair
- Pressão no orçamento, compras por impulso e falta de educação financeira elevam o uso do rotativo
- Mulheres e moradores do Sudeste foram mais afetados na queda dos pagamentos
- Sair do rotativo exige trocar dívida cara por opção mais barata, cortar gastos e priorizar pagamento à vista
Uso do rotativo cresce e inadimplência ameaça o bolso do brasileiro, diz estudo da Serasa
Você percebe que o cartão de crédito virou um amigo perigoso. A Serasa mostrou que menos pessoas pagam a fatura em dia, e isso mexe com o seu bolso. Quando a pontualidade cai, a saúde financeira balança.
Veja também:
A pontualidade caiu — e com ela, a saúde financeira do brasileiro
Os números são claros: a pontualidade caiu de 80,9% (1º trimestre de 2024) para 78,1% (1º trimestre de 2025). Isso indica que mais pessoas estão com dificuldade e têm menos fôlego para emergências. Juros altos só agravam o problema.
O que é o crédito rotativo e por que ele é perigoso
O rotativo aparece quando você não paga a fatura inteira. Você paga só uma parte e o banco financia o resto com juros muito altos — podem passar de 7% a 12% ao mês. Isso vira bola de neve: a dívida aumenta rápido e fica difícil sair.
Consequências do uso do rotativo
Quando você entra no rotativo:
- A dívida cresce rapidamente.
- Seu score pode cair.
- Você perde acesso a crédito mais barato.
- O estresse financeiro aumenta e compras básicas podem ser sacrificadas.
Mulheres foram mais impactadas do que homens
A queda na pontualidade foi maior entre mulheres. Muitas são chefes de família ou trabalham na informalidade; com inflação e juros altos, o impacto é maior. Se você é mulher, fique atenta ao aperto financeiro.
Sudeste lidera a piora no comportamento de pagamento
O Sudeste registrou a maior queda na pontualidade (queda de 3,3 pontos percentuais), mostrando que o problema atinge até áreas urbanas e não é restrito a regiões mais pobres.
Compras por impulso: o gatilho emocional do endividamento
A compra por impulso costuma ser motivada pela emoção e facilitada pelo cartão. Quando a fatura chega, o impacto aparece. Antes de comprar, pergunte: Eu preciso disso agora? ou Tenho algo parecido em casa? Essas perguntas simples ajudam a evitar surpresas.
O cenário do endividamento no Brasil
Dados do Banco Central e da CNC mostram que mais de 78% das famílias estão endividadas. Inflação e Selic altas encarecem o crédito e reduz o colchão financeiro das famílias, deixando menos margem para emergências.
Como sair do ciclo do crédito rotativo
Sair do rotativo exige plano e disciplina. Passos práticos recomendados por especialistas:
1. Troque a dívida cara por uma mais barata
Busque um empréstimo com juros menores para quitar o rotativo — crédito consignado ou pessoal com garantia são opções que reduzem muito os juros.
2. Faça um diagnóstico financeiro
Liste rendas e despesas mensais. Identifique cortes possíveis. Um exercício simples que dá clareza e controle.
3. Defina um limite de gastos no cartão
Mantenha os gastos no cartão abaixo de 30% da sua renda líquida para evitar faturas inesperadas.
4. Use o débito para evitar compras por impulso
Pagar no débito ou à vista faz você pensar duas vezes antes de gastar.
Educação financeira é o caminho mais eficaz
Aprender sobre orçamento, juros e controle de gastos é a base para evitar cair no rotativo. O Banco Central, órgãos públicos e apps oferecem materiais e ferramentas gratuitas. Informar-se é investir na própria estabilidade.
Dicas práticas e rápidas para aplicar hoje
- Abra a fatura agora: anote o valor total e o mínimo.
- Sempre que possível, pague mais que o mínimo.
- Negocie com calma: bancos às vezes oferecem parcelamento com juros menores.
- Use apps de controle financeiro para monitorar despesas.
- Estabeleça um pequeno objetivo mensal de redução de dívida e acompanhe.
Um diálogo real que pode ajudar
Não dá para pagar tudo agora.
Ok, quanto você consegue pagar hoje?
Posso pagar X.
Perfeito. Então vamos negociar até onde dá, e eu corto um gasto por mês para sobrar o resto.
Pequenos ajustes e negociações construtivas geram mudança contínua.
Perguntas Frequentes
- O que é crédito rotativo?
É o saldo remanescente quando você paga só parte da fatura; o banco financia o restante com taxas altas. - Por que o rotativo está crescendo agora?
A pontualidade caiu (dados da Serasa), e fatores como inflação, juros altos e compras por impulso pressionam famílias. - Como o rotativo ameaça meu bolso?
Juros de 7% a 12% ao mês aumentam a dívida rapidamente, criando efeito bola de neve e elevando o risco de inadimplência. - Quem paga mais essa conta?
Mulheres e famílias vulneráveis são mais afetadas; o Sudeste teve a maior queda na pontualidade. - O que posso fazer para sair do rotativo?
Troque dívida cara por outra mais barata, faça diagnóstico financeiro, pague à vista quando possível, limite o uso do cartão e use ferramentas de controle.

